Pouca gente conhece o iFood tão bem quanto o engenheiro de software Daniel Silveira, 39 anos. Ele entrou na empresa em 2022, na primeira turma do iLab, a aceleradora de talentos em tecnologia da foodtech. Parece uma relação nova, mas na verdade é de longa data.
No iFood há muitos Foodlovers que já eram clientes do app ou que foram entregadores parceiros. Mas e alguém que já foi cliente, entregador, dono de restaurantes e bolsista? Tem sim: o Daniel.
Ele já trabalhou em um restaurante parceiro, foi entregador (sua principal fonte de renda), dono de um restaurante, o Chef Tico Burguer e voltou a ser entregador. Até que, em 2021, uma mensagem de WhatsApp mudou o rumo das coisas.
A fome e a vontade de comer
“O iFood manda para os entregadores algumas mensagens, e eu recebi uma falando de um curso de tecnologia”, lembra Daniel. Tecnologia é um assunto no qual ele tem interesse e conhecimento.
Ele foi professor de informática, voltado para a manutenção de equipamentos. Aliás, além de engenheiro de software, entregador e dono de restaurante, o Daniel também já foi músico, inspetor de risco, representante comercial, arte finalista, representante de vendas, gerente de loja, gerente de restaurante…
“Chega um momento, ali perto dos 30 anos, que a gente se pergunta: ‘caramba, o que será que eu vou fazer? Que horas as coisas vão dar certo para mim?’. Porque eu sempre quis fazer alguma coisa que desse certo financeiramente, para me estabilizar com a minha família e ter um pouco mais de tranquilidade” disse o ex-bolsista do curso de programação feito pela Cubos Academy em parceria com o iFood.
E, veja só, deu certo, ali quase pertinho dos 40 anos.
Daniel recebeu a mensagem na sua segunda passagem como entregador do iFood, logo depois que desistiu de ter o seu restaurante próprio. Ela chegou num momento em que ele pensava em fazer mais uma mudança de rumos.
Mais ou menos na mesma época, em 2021, Daniel já tinha decidido que precisava dar um passo um pouco maior. “Ser entregador é um trabalho bom. Conheci gente que estava há 5 anos na rua, mas eu já sentia que não queria fazer aquilo para sempre”, lembra. Foi então atrás de um curso para fazer uma faculdade — que não pôde fazer quando era mais novo — na área de tecnologia.
Juntou a fome com a vontade de comer.
É persistência que chama
Daniel se inscreveu no curso sugerido pelo iFood, fez a prova, passou e começou a capacitação em programação.
Na reta final do curso, Daniel participou de um hackaton, a maratona de programadores que traz visibilidade para quem atua na área. A dedicação aos estudos, a persistência e o bom desempenho nos desafios do “hacka” ajudaram a abrir as portas para o caminho que levaram o cliente, ex-parceiro e ex-entregador para o time de talentos em tecnologia do iFood.
Deu certo, Daniel!
Daniel, o engenheiro de software
O curso de programação que o Daniel fez foi o de formação de desenvolvedor full-stack.
Esse profissional pode atuar tanto como back-end (responsável pelos “bastidores” de um aplicativo e site, por exemplo) como front-end (responsável pela parte “visível” de aplicativos e sites, onde os clientes do iFood, por exemplo, interagem com o app).
No iFood, ele faz a função de back-end. Enquanto está lá no iLab, o Daniel vê “por dentro” como funciona toda aquela estrutura de que ele tanto participou.
