Como a tecnologia pode acelerar o avanço da educação no país

No Dia do Professor, saiba como as empresas e a sociedade civil estão usando a tecnologia para melhorar o acesso e a qualidade da educação no Brasil.

Uma educação acessível e de qualidade para todas as crianças é um direito fundamental elencado há décadas na Declaração Universal dos Direitos Humanos. No entanto, garantir uma educação gratuita e de qualidade ainda é um desafio para muitos países – especialmente os mais pobres. A meta é tão importante que é um dos primeiros itens que figuram na lista de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (Organização das Nações Unidas), que 193 países se comprometeram a atingir até 2030.

O Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer para atingir a meta relacionada ao ensino. No final de 2020, 5 milhões de crianças e adolescentes estavam sem acesso à educação, segundo a PNAD Covid-19 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Daí a importância de unir governos, empresas e sociedade civil para ampliar o investimento em uma educação que seja realmente inclusiva e transformadora para quem hoje não tem acesso a um ensino de qualidade.

“O único caminho para vermos um país próspero e com equidade é através da educação. O que a industrialização fez com o desenvolvimento dos países no passado, a tecnologia está fazendo hoje”, comenta Gustavo Vitti, vice-presidente de Pessoas e Sustentabilidade no iFood. A empresa é signatária do Pacto Global da ONU (Organização das Nações Unidas), a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo, e está comprometida com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

“Nosso plano é focar em parcerias que auxiliem pessoas em comunidades mais vulneráveis, alunos e professores da rede pública e entregadores e seus familiares a entrarem no mercado de trabalho da nova economia digital.”
Nesse campo, um dos objetivos do iFood Decola – pilar de Educação do iFood – é ajudar o Brasil a se tornar uma potência em tecnologia, impactando 5 milhões de alunos e professores da rede pública nas áreas de matemática, ciências, engenharia e tecnologia (ou STEM).

Para isso, a empresa busca organizações parceiras que estejam alinhadas com o objetivo de encontrar soluções de alto alcance, como a ONG Todos pela Educação, que busca contribuir para o avanço das políticas educacionais que foquem na melhoria da qualidade do ensino básico –e visa impactar mais de 48 milhões de estudantes.

“A educação é fundamental para que se garanta aos cidadãos sua plena liberdade, permitindo que cada um atinja seus potenciais para definir e alcançar seus objetivos de vida. A disseminação de conhecimentos e a qualidade educacional são instrumentos poderosos para aumentar a produtividade e, ao mesmo tempo, reduzir desigualdades”, comenta Rogério Monaco, Relações Institucionais do Todos Pela Educação.

“A nova geração precisa ser capaz de encontrar a cura para novas doenças, mediar os novos conflitos e conter os impactos ambientais vindos das mudanças climáticas, além de viver em um mundo da inteligência artificial, da biotecnologia e de revoluções tecnológicas cada vez mais constantes”, diz.

Rogério ainda afirma que o uso da tecnologia será crucial para melhorar o acesso ao ensino. “É urgente investir na inclusão digital no país, que ainda conta com milhões de estudantes sem acesso à conectividade e a dispositivos digitais. Ações efetivas de superação das lacunas de aprendizagem, que antes da pandemia já tinham no uso das tecnologias um importante aliado, tornaram-se ainda mais relevantes.”

Tecnologia para a inclusão

Uma organização que usa a tecnologia para melhorar o ensino e gerar mais impacto social é a Fundação 1Bi, que tem o apoio do iFood. A fundação, hoje, oferece uma plataforma digital gratuita para melhorar o ensino e a aprendizagem na rede pública, o AprendiZAP (que também está disponível aos entregadores parceiros do iFood e suas famílias).

Criada em 2020, a ferramenta entrega aulas e reforço escolar para alunos e professores por meio do WhatsApp, com conteúdo feito sob medida para atender à Base Nacional Comum Curricular (BNCC). De um lado, os professores têm acesso a mais de 1.500 aulas com exercícios específicos para trabalhar as habilidades requeridas pela BNCC –e que são compartilhadas pelo aplicativo de mensagens.

Na outra ponta, os alunos recebem as aulas e os exercícios pelo app. Depois de terminar a tarefa, eles mandam uma foto para os professores corrigirem. Além disso, podem pedir pelo app aulas de reforço sobre as disciplinas em que encontram dificuldades.

“É uma ferramenta que facilita o trabalho do professor de preparar uma boa aula e incentiva a autonomia dos alunos, porque são eles que montam a rotina de estudos de acordo com a necessidade”, explica Bianca Silva, professora e analista na Fundação 1Bi.

A solução foi desenvolvida para aumentar a inclusão no ambiente digital. “Escolhemos trabalhar com esse aplicativo porque ele é acessível e atende também aos alunos de maior vulnerabilidade social, tanto no uso como no consumo de dados”, acrescenta Bianca. “Essa é uma maneira de democratizar o acesso à tecnologia e oferecer uma educação de qualidade.”

Hoje, cerca de 230 mil alunos e 30 mil professores de todo o país usam o AprendiZAP, que acaba de lançar novo conteúdo de reforço para estudantes do Ensino Médio. “O futuro de uma nação depende do acesso à educação. Essa é a nossa forma de contribuir com essa luta”, diz Bianca.

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