Criptomoedas: o que são e de onde elas vêm?

Você sabe o que são as criptomoedas? Neste artigo explicamos de onde elas vêm e como são negociadas em rede, usando a tecnologia blockchain.

Em 2021 as criptomoedas, essas moedas virtuais, renderam muitas manchetes. Primeiro, Elon Musk anunciou a compra de US$ 1,5 bilhão de Bitcoins pela Tesla, que passaria a aceitá-los como pagamento por carros elétricos. Depois, El Salvador se tornou o primeiro país do mundo a adotar o Bitcoin como moeda legal. Por fim, o fundador do Twitter, Jack Dorsey, deixou de ser CEO da empresa para se dedicar ao Square e se tornar um “evangelizador” do Bitcoin.

A seguir, descubra o que há por trás na popularização das criptomoedas!

Criptomoedas: o que é?

Quanto mais avançam os meios digitais de pagamento, mais as criptomoedas se tornam relevantes no campo da tecnologia e das finanças. Afinal, elas são uma nova forma de dinheiro digital, e quando elas se tornarem mais populares, poderemos usá-las para fazer (mais) pagamentos.

O que diferencia as criptomoedas das transações digitais que fazemos com a moeda do nosso país é a tecnologia. Assim, para verificar essas moedas virtuais, vão utilizar a criptografia. Elas não existem fisicamente, e para definir seu valor, é pela oferta e pela demanda.

Além disso, elas não ficam estocadas fisicamente em um banco: elas são moedas transacionadas em redes baseadas na tecnologia blockchain, que é descentralizada —ou seja, quem confirma a validade das transações em criptomoeda são os computadores ligados a essa rede, e não intermediários como bancos e operadoras de cartões.

Por isso, as criptomoedas pretendem ser um avanço em relação aos sistemas de pagamento (como cartão de crédito e transferências), eliminando os intermediários que cobram taxas por esses serviços (como bancos e corretores de investimentos).

As criptomoedas são virtuais, e para proteger de falsificações, utiliza-se da criptografia. Como o Banco Central vai emitir, teoricamente estão a salvo de interferências dos governos ou de manipulação.

Tipos de criptomoedas 

Apesar de a mais conhecida ser o Bitcoin, existem diversos tipos de criptomoedas disponíveis no mercado e que sofrem diferentes variações de valores. 

Portanto, confira os 5 tipos de criptomoedas mais conhecidos: 

Bitcoin

Foi a primeira criptomoeda, desenvolvida em 2008 com o objetivo de acabar com o uso do dinheiro de papel comum e, principalmente, com a influência dos bancos em operações financeiras.

Por conta disso, o Bitcoin já é usado como uma forma de pagamento por diversas empresas e organizações. Assim, ela pode ser considerada a principal criptomoeda no mercado. 

Ether

Diferentemente do Bitcoin, o Ether foi criado com o único intuito de ser uma moeda digital. Ou seja, como um meio de pagamento dentro de sua própria plataforma, o Ethereum. 

Dessa forma, quem ajuda a desenvolver a plataforma ou atua em serviços de mineração é recompensado com criptomoedas. Por fim, devido à sua atuação, o Ether passou a ser uma das moedas virtuais mais negociadas do mundo.

Binance Coin

Primeiramente, antes de ser uma das criptomoedas mais conhecidas, a Binance era um exchange. Ou seja, uma empresa mediadora entre os compradores e vendedores de moedas virtuais.

Além disso, a princípio ela foi criada como um token e foi crescendo dentro do mercado. Hoje, seu uso principal acontece em compras virtuais, para pagar hotéis e voos, entre outros serviços.

Cardano 

A Cardano é uma das criptomoedas mais modernas do mundo, e tem o objetivo de reunir as melhores qualidades e características de todas as criptomoedas disponíveis no mercado. 

Ela direciona-se a bancos e operações financeiras, com a meta de ser uma forma de pagamento alternativo para pessoas e instituições. 

Por fim, a Cardano foi a primeira criptomoeda baseada em uma metodologia científica. 

Litecoin

A Litecoin se assemelha muito ao Bitcoin, sendo que a única diferença está no processo de mineração. 

Assim, seu principal objetivo é reduzir o tempo de transações financeiras realizadas com moedas normais, sendo considerada uma das principais alternativas para estas operações.

Criptomoedas: como comprar?

Primeiramente, para criar as criptomoedas é necessário a mineração, mas isso não tem nada a ver com a do mundo dos minérios. Pelo contrário: essa mineração é basicamente uma competição de computadores com alto poder de processamento para resolver problemas matemáticos complexos.

Os donos dos computadores que acham a solução primeiro ganham, como recompensa, criptomoedas. Como prova do trabalho, essas pessoas recebem uma hash, um código que assegura a validade daquela criptomoeda, como uma impressão digital.

Uma maneira menos trabalhosa de conseguir a moeda é comprá-la. Primeiro, é preciso ter uma criptocarteira (crypto wallet), que é similar a serviços de pagamento digital, como o PayPal ou o Google Pay.

Depois, para negociar, recorre-se ao Exchange, que são sites ou serviços que permitem trocar criptomoedas entre si ou usar a moeda de um país para comprar mais moedas virtuais (e também armazená-las em sua “poupança”).

O Exchange tem diferentes formatos: em alguns, as transações podem ser feitas por um intermediário, mas em geral elas são descentralizadas: os interessados em comprar e vender se reúnem para fazer transações entre si (peer to peer).

Para realizar transações com criptomoedas, é preciso utilizar o blockchain. Existem algumas criptomoedas que permitem manter a privacidade para que ninguém descubra a fonte, a quantidade ou o destino das transações. No entanto, a maioria das criptomoedas (incluindo o Bitcoin) não opera dessa forma.

Lidar com criptomoedas também tem sua dose de risco. Quem compra, vende ou investe em criptomoedas deve sempre se informar sobre os riscos, que até hoje são, basicamente, sua volatilidade e a falta de regulamentação.

O que é minerar criptomoedas? 

Fazendo uma comparação com o dinheiro de papel, quando um banco precisa colocar mais dinheiro em circulação, ele imprime mais cédulas. É o mesmo caso das criptomoedas. 

Minerar criptomoedas nada mais é do que colocar mais moedas virtuais em circulação, no entanto, o que define tudo neste caso são os algoritmos. Além disso, é na mineração que os dados das criptomoedas são validados na blockchain.

No entanto, este processo de mineração não é simples, já que para isso é necessário ter um computador com grande capacidade de processamento. Quanto mais tiver que minerar, melhor o computador precisa ser. 

Como minerar criptomoedas?

Antes de mais nada, é importante destacar que cada uma das criptomoedas vai ter o seu próprio processo de mineração. Por conta disso, o primeiro passo é ter uma carteira de criptomoedas, pois é por lá que você receberá as recompensas pela mineração. 

Além disso, o processo de mineração de criptomoedas exige um computador com softwares extremamente avançados. Isso porque para minerar, o dispositivo precisa resolver uma série de equações antes de outros mineradores. 

Assim, os computadores precisam ter muito poder de processamento. Atualmente, um dos mais conhecidos para mineração de criptomoedas é o ASIC.

Por fim, confira a seguir alguns programas em que é possível minerar Bitcoins e outras moedas virtuais: 

  • CGMiner
  • BFGMiner
  • Awesome Miner

Como investir em criptomoedas?  

Existem duas maneiras de investir em criptomoedas: o peer-to-peer e direto com corretoras especializadas, que são chamadas de exchanges. 

Confira como negociar em cada uma delas: 

  • Peer-to-peer: neste caso, a pessoa negocia diretamente com outra que está vendendo suas criptomoedas, sem qualquer intermediário. Assim, neste sistema a negociação costuma ser mais aberta e rápida, além de não ter a necessidade do pagamento de taxas. No entanto, o peer-to-peer é um meio mais suscetível a possíveis golpes. 
  • Exchanges: também conhecidas como corretoras, as exchanges são intermediários que conectam os investidores aos melhores negócios no mundo das criptomoedas. O processo é simples e todo ele para fazer online, mas na maioria dos casos vão pedir para pagar uma taxa para que a intermediação seja feita. 

Valores das criptomoedas 

Assim como as ações nas bolsas de valores, o preço das criptomoedas também são variáveis. Dessa forma, as cotações das moedas virtuais podem mudar de acordo com uma série de fatores.

Por exemplo, o mais comum é a “lei da oferta e da demanda”, ou seja, quanto mais uma criptomoeda tiver procura, maior será seu valor, e vice-versa. 

Além disso, as tecnologias usadas para o desenvolvimento das moedas também influenciam o seu valor. Quanto maior a tecnologia, maior será o preço. 

Por fim, a circulação daquela moeda no ambiente digital e as ações que podem ser feitas com ela também podem fazer o preço aumentar ou diminuir. 

3 criptomoedas promissoras para conhecer

Para entender quais são as criptomoedas mais promissoras do mercado é importante acompanhar diariamente os principais portais e gráficos sobre o assunto. Muitas vezes, realizando este acompanhamento, é possível encontrar boas oportunidades de investimentos. 

No entanto, há algumas criptomoedas que podem representar o futuro das moedas virtuais, ou acabar com alguns problemas. 

Dessa forma, confira 3 criptomoedas promissoras: 

  1. Elrond: considerada uma das mais promissoras da atualidade, a Elrond promete acabar com alguns problemas na blockchain. Assim, ela conta com grandes nomes do setor no projeto, além de ter lançado sua própria corretora e conta com uma série de investidores, como a Audi.
  2. Avalanche: uma das maiores vantagens é sua transação ser mais barata. Além disso, diferente de outras criptomoedas, a Avalanche se destaca por sua velocidade, escalabilidade e sua rede. Por fim, ela possui vantagens em sua programação e é composta por três blockchains.
  3. The SandBox: possui uma tecnologia muito promissora para as criptomoedas. Dessa forma, sua plataforma permite que as negociações sejam feitas no metaverso. Assim, empresas como a Tesla, por exemplo, já utilizam o sistema.

Como declarar criptomoedas?

Em 2022, a Receita Federal exigiu para declarar criptomoedas acima de R$ 5 mil reais. Dessa forma, entende-se que as moedas virtuais funcionam como bens ou uma aplicação financeira. 

No site da Receita há uma aba para abrir uma ficha de Bens e Direitos. Vale destacar que para cada criptomoeda tem que se abrir uma nova ficha. Ou seja, cada tipo de moeda virtual não pode ser misturada.

Esse conteúdo foi útil para você?
SimNão

Publicações relacionadas