Drone, robô e bike elétrica: o futuro do delivery no iFood

Como será o delivery do futuro? Neste artigo, Fernando Martins, head de logística e inovação do iFood, revela o que vem por aí.

O iFood já iniciou 2022 com grandes novidades: somos a primeira empresa das Américas a poder usar drones no delivery de refeições. Em janeiro, nossa parceira Speedbird Aero, que desenvolve os drones com tecnologia 100% nacional, recebeu autorização da Anac (Agência Nacional da Aviação Civil) para fazer entregas de até 2,5 kg em um raio de 3 km.

O uso de drones e robôs é um dos caminhos que enxergamos no delivery do futuro, mas não é o único. Nessa jornada, o iFood está de olho nas tendências para inovar na logística e ganhar eficiência em cada etapa da entrega, do restaurante ou mercado até a casa dos clientes.

O drone, portanto, faz parte de uma estratégia mais ampla para realizar as entregas de maneira segura, no tempo prometido e usando a melhor combinação de modais disponíveis, pois os modais são complementares na nossa operação. Hoje, o iFood é capaz de fazer o delivery de mercado entre 5 e 15 minutos, e o de refeição, de 20 a 35 minutos.

Com o drone garantindo a primeira perna da entrega, foi possível reduzir para 5 minutos o trajeto entre Aracaju e Barra dos Coqueiros, em Sergipe — por vias terrestres, o mesmo trajeto levava 25 a 55 minutos.

Com isso, impactamos positivamente todos os envolvidos no nosso ecossistema. Para os restaurantes, viabilizamos o delivery gerando pedidos de uma região que antes não entregavam. Para os clientes, ofertamos restaurantes onde antes não era possível pedir por conta do longo raio de entrega. Já para os entregadores, que farão a última perna da entrega deixando o pedido no destino final, geramos mais pedidos, com rotas mais curtas, numa região antes não movimentada e que agora tem mais oportunidades e ganhos.

Agora, estamos planejando os próximos passos para aumentar a operação em Sergipe e explorar novas rotas pelo país, avaliando os 200 endereços já mapeados para entender onde podemos ganhar eficiência usando drones.

O melhor modal para cada entrega

A inteligência artificial é outro recurso que usamos para sermos mais eficientes. Aperfeiçoar os algoritmos significa melhorar cada vez mais a combinação de informações para decidir o melhor modal a ser acionado quando você fecha o pedido. IA vai nos sugerir a melhor combinação entre modais para garantir o melhor tempo de entrega.

Os drones e os robôs entram nessa estratégia como mais um modal que agiliza as entregas. No caso da robô ADA, ela pode ser eficiente tanto garantindo a primeira perna da entrega como a última. Na primeira perna, ela garante eficiência ao fazer o trajeto da praça de alimentação e de restaurantes de shoppings até o centro de expedições iFood Hub, onde os entregadores coletam o pedido e levam até a casa dos clientes sem perder tempo dentro do shopping.

Os drones e a ADA não vão substituir nossos entregadores no futuro. Seu papel é justamente se encarregar dos trajetos mais difíceis ou demorados para liberar nossos parceiros entregadores para completar a entrega em menores distâncias e, assim, aumentar sua produtividade.

Um exemplo: o próximo passo da ADA será fazer a entrega dentro de condomínios residenciais, entre a portaria e a casa do cliente (última perna da entrega). Assim, em vez de o entregador passar até 20 minutos esperando na porta de um grande condomínio, ele deixa o pedido com a ADA e fica liberado para pegar novos pedidos.

O futuro das cidades

No iFood, o futuro da logística acompanha o futuro das cidades, que aponta na direção de usar modais compartilhados, elétricos e sustentáveis. Compartilhar um veículo em vez de possuí-lo é uma tendência, assim como a de escolher o modal mais adequado para cada trajeto.

No iFood, por exemplo, investimos no compartilhamento de bicicletas elétricas no programa iFood Pedal, que permite que o entregador se locomova de maneira mais inteligente pela cidade. As bicicletas são distribuídas em pontos estratégicos, em bairros que concentram maior quantidade de pedidos. Assim os entregadores não precisam sair e retornar de suas casas de bicicleta. Podem fazer uso de transporte público, por exemplo, até chegar numa região quente com muitos pedidos. Nesses bairros além de retirar uma bicicleta elétrica, podem retirar equipamentos de segurança, bag e fazer uso de pontos de apoio.

Para completar, seguiremos investindo também no incentivo às motos elétricas como soluções para vencer a poluição nas cidades. Até 2025, o iFood tem a meta de entregar 50% dos pedidos usando modais não poluentes, como esses. Meu sonho grande é chegar a 100% no futuro mais próximo possível, com entregadores satisfeitos com a experiência de mobilidade pela cidade, com mais qualidade de vida e maiores ganhos.

Quando uma inovação em logística ganha escala, todo nosso ecossistema é impactado positivamente. Os restaurantes que podem atender um público maior, os entregadores perdem menos tempo na entrega e vivem uma melhor experiência, e os clientes recebem o pedido no tempo combinado, na qualidade esperada e com maior comodidade.

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