Tecnologia de alimentos: como as foodtechs estão revolucionando esse mercado

Veja como as foodtechs contribuem para revolucionar esse universo da alimentação.

Dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) dão conta de que, em 30 anos, o mundo precisará aumentar em até 70% a produção de alimentos. É nesse contexto que saber aplicar tecnologia e inovação no setor alimentício pode ser o grande diferencial para as gerações futuras.

Como alimentação é uma das necessidades básicas dos seres humanos, esse setor funciona a partir de uma grande cadeia. E você vai saber, a seguir, como as foodtechs contribuem para revolucionar esse universo da alimentação.

O que é foodtech?

As foodtechs surgiram para inovar o setor de alimentos e a cultura de alimentação. O termo é a junção das palavras em inglês “food” (comida) e “tech”, uma abreviação para “technology” (tecnologia).

O termo vem na esteira da criação de outras definições, como construtech, fintech, healthtech… entre outros, e diz respeito ao uso da tecnologia aplicada ao setor de alimentos. Uma foodtech se preocupa com os problemas da área e busca, ao identificar as dores do setor, resolvê-las a partir da inovação e disrupção e, é claro, tecnologia.

A expressão se refere às empresas que atuam para inovar o mundo dos alimentos, seja qual for o segmento. Essas empresas podem recorrer a big data, IoT (Internet das Coisas), Inteligência Artificial, e muitas outras inovações tecnológicas.

Dentre os problemas que uma foodtech busca solucionar, podemos citar:

  • Redução do desperdício de alimentos;
  • Facilitar o contato entre fornecedores e consumidor;
  • Otimizar os serviços de entrega;
  • Melhorar a logística de toda a cadeia de alimentos;
  • Reduzir o impacto ambiental da produção de alimentos;

Ou seja, uma foodtech não se resume somente a novos aplicativos de entrega, mas a um ecossistema de produção, distribuição e acessibilidade acerca de todo o universo da alimentação.

O mercado de foodtechs no Brasil

Tudo indica que o mercado de foodtechs irá crescer no Brasil nos próximos anos, com investimento recorde. As razões para esse crescimento vão da demanda da população de mais eficiência no setor até a evolução do comércio digital.

Por aqui, o levantamento da Startup Scanner aponta que o Brasil já conta com 470 foodtechs distribuídas em 112 cidades. A maioria delas ainda desconhecidas do grande público e outras, como o iFood, que já é líder na América Latina.

O Brasil precisa das soluções que as foodtech podem trazer, afinal 19,1 milhões de brasileiros estão em situação de insegurança alimentar, segundo levantou a Rede Penssan, e o Brasil desperdiça cerca de 60 quilos por pessoa, anualmente, segundo o Índice de Desperdício de Alimentos 2021.

Voltamos a destacar estudo da FAO que avalia a necessidade do aumento da produção de alimentos em aproximadamente 70% até o ano de 2050. Com o crescimento demográfico e a escassez de recursos, essa seria a conta necessária para suprir a necessidade da população desta época futura.

No entanto, falando da atualidade, as foodtech também resolvem demandas do presente, em um setor que necessita de um atendimento mais rápido, eficiente e humanizado.

Em tempos de crise, aliar todos esses fatores a uma comida saborosa, segura e sustentável é um desafio para as foodtech aqui e no mundo.

Impacto das foodtechs no setor alimentício

E as foodtechs não estão só olhando para o futuro, mas sim, para o presente da alimentação, por isso é importante destacar os benefícios que essas empresas de tecnologia já estão trazendo a curto prazo.

Um estudo da Emergen Reasearch, que analisa as indústrias emergentes, traz números expressivos sobre o momento das foodtechs. Primeiramente, o mercado de footechs já é estimado em US$ 220 bilhões, impulsionado pelo crescimento das tecnologias avançadas na indústria de alimentos.

Além disso, o estudo também aponta que o mercado de foodtechs apresentou, no ano de 2018, uma taxa de crescimento de 5,76% ao ano.

Sobre a competitividade, ainda se pontuou como o mercado é fragmentado, com vários players diferentes representando uma parcela significativa de uma demanda específica da indústria de alimentos.

Dessa maneira, consumidores são beneficiados todos os dias à medida que têm acesso facilitado a maior variedade de alimentos e que atendam suas necessidades específicas.

Um exemplo é o crescimento da população vegetariana no país: uma pesquisa encomendada pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) ao Ibope de 2018 aponta que até aquele momento 14% dos brasileiros se declararam como vegetarianos.

Em relação às intolerâncias alimentares, as estatísticas organizadas pela Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) em 2019 mostram que 8% das crianças e 2% dos adultos sofrem algum tipo de alergia a alimentos no Brasil.

Ou seja, é uma demanda nova que cresce a cada ano. E é também para melhor atender cada especificidade alimentar que o uso de tecnologia no setor alimentício oferece muitas vantagens. Seja para facilitar acesso aos produtos, melhorar o custo benefício ou simplesmente trazer mais sabor para o público-alvo, as foodtech visam otimizar toda a cadeia.

Tendências de foodtechs

Em live promovida pela Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), Fabrício Bloisi, presidente do iFood, destacou tendências para o mercado.

Sobre o setor alimentício, Bloisi aponta para uma mudança contundente nos próximos anos, projetando o aumento do delivery e da alimentação saudável. Isso deve gerar uma mudança de comportamento e economia de tempo.

As pessoas iriam cozinhar menos como obrigação e gastar menos horas com limpeza e manutenção dos ambientes em que fazem sua refeição. Aqui no blog do iFood, já destacamos todas as vantagens que uma foodtech pode trazer para o setor e vamos destacar algumas delas:

  • Aumento da empregabilidade: as foodtech permitem que pequenos empreendedores que estão começando seus negócios tenham ajuda com a questão operacional, podendo focar mais em assuntos como marketing e finanças.

  • Maior qualidade das refeições: o sistema de avaliações das foodtech faz a régua subir. As empresas se preocupam mais em oferecer alimentos e refeições com qualidade superior, pois sabem que o feedback será público.
  • Variedade com praticidade: pratos vegetarianos? comidas de todos os lugares do mundo? Um dia de economia e outro de gastança? Todas as opções são possíveis quando você tem um grande leque de possibilidades e tudo isso sem sair de casa.

iFood como referência de foodtech na América Latina

O iFood está presente em todo o território brasileiro e também está presente na Colômbia. Hoje, é a maior foodtech da América Latina e vem avançando suas iniciativas em prol da inovação e sustentabilidade no setor de alimentos.

O iFood busca gerar impactos positivos na sociedade, por exemplo, com o programa Todos à Mesa. Nessa iniciativa, o iFood realiza conexões entre a iniciativa privada e organizações sociais para combater o desperdício de alimentos e a insegurança alimentar.

Além disso, o iFood é a primeira foodtech no Brasil a assinar o Pacto Global da ONU, a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa no mundo. Com isso, queremos reafirmar o compromisso em resolver grandes desafios sociais e ser uma referência de foodtech no continente.

Hortas urbanas: iFood dá início a projetos de diversificação alimentar. Clique para ver essa e outras ações.

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