iFood investe na melhoria de cooperativas de reciclagem

Ação em parceria com a eureciclo busca aumentar o volume e a qualidade dos materiais reciclados —incluindo o isopor

Ação em parceria com a eureciclo busca aumentar o volume e a qualidade dos materiais reciclados —incluindo o isopor

Reduzir e reciclar as embalagens utilizadas na entrega de refeições são duas prioridades entre os esforços do iFood Regenera, o pilar de compromissos ambientais do iFood. Uma de suas metas, aliás, é acabar com a poluição plástica no delivery até 2025.
Na ponta inicial, a do consumo, a foodtech já investe em embalagens sustentáveis e campanhas para que os consumidores dispensem talheres plásticos ao fazer o pedido – até hoje, mais de 80 milhões de pedidos foram entregues sem garfos, facas e colheres de uso único.
Já na ponta final, que envolve a reciclagem, a empresa tem 78 Pontos de Entrega Voluntária ativos no país, com estimativa de reciclar 400 toneladas de resíduos por mês. Para ampliar esse impacto, o iFood começou a investir também na melhoria da cadeia de reciclagem ao fechar uma parceria com a eureciclo, para otimizar a operação de duas cooperativas no Rio Grande do Sul: a Coopcamate, de Canoas, e a Coolabore, de Novo Hamburgo.
“Queremos aumentar o volume de resíduos reciclados e as cooperativas são fundamentais para isso. Nossa meta é ajudá-las a processar volumes maiores de resíduos e, com isso, aliar o impacto ambiental ao social, gerando também novos empregos e melhores salários”, afirma Camila Borges, analista de sustentabilidade sênior do iFood.
A parceria com as duas cooperativas começou em outubro de 2021 e, inicialmente, terá duração de um ano. “Com a consultoria da eureciclo, o iFood buscou entender quais ações seriam necessárias para aumentar o volume e a qualidade do material reciclado”, explica Jackson Ferreira, analista de projeto sênior do iFood.
Essa análise identificou o nível de produção e o potencial de reciclagem das cooperativas, além dos gargalos de crescimento, como a falta de recursos para a manutenção do maquinário e a alta rotatividade dos colaboradores.
“A partir daí, destinamos uma verba para a manutenção das máquinas e estimulamos o uso de inteligência de dados para ajudar as cooperativas a fazer o controle dos materiais recebidos”, conta Jackson. Outra mudança foi prepará-las para receber e reciclar isopor, um material bastante usado no delivery e difícil de reciclar. “Para as cooperativas, foi uma oportunidade de aumentar seus ganhos”, conta Jackson.
Além disso, o iFood deu cursos de gestão, controle de processos e comunicação com clientes para as cooperativas, aponta Camila. “Também estamos olhando para o desenvolvimento humano, para que as pessoas agreguem isso no dia a dia”, completa.
Ao final do primeiro ano de parceria, a meta é aumentar em 30% o volume reciclado e comercializado na Coopcamate (de 66 para 86 toneladas por mês) e em 40% o da Coolabore (de 68 para 95 toneladas). Os resultados já começaram a aparecer nos primeiros meses: as cooperativas passaram a reciclar mais e melhorar a qualidade do material reciclado, que passou a ser vendido por um preço maior.
Com isso, a renda dos trabalhadores de uma delas melhorou. “A renda média na Coopcamate, que era de R$ 1.495, subiu para R$ 1.518 nesses dois primeiros meses. Esse aumento já está ajudando a reduzir a rotatividade dos profissionais”, afirma Jackson.

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