Mais do que um negócio: as metas do iFood para transformar o Brasil

Em março de 2021, o iFood estabeleceu cinco compromissos públicos em educação e meio ambiente. Nossas metas para 2025 são zerar a poluição plástica no delivery, ser uma empresa neutra em emissão de CO2, formar e empregar 25 mil pessoas de públicos sub-representados em tecnologia, capacitar 5 milhões de pessoas para o trabalho do futuro e impactar outras 5 milhões incentivando o uso de tecnologia no ensino básico.

Assumimos esses compromissos por dois motivos. O primeiro é acreditar que, no futuro, as empresas vão resolver questões que vão além do seu negócio, como problemas sociais e desafios ambientais ou tecnológicos. Quanto mais companhias entenderem que também são responsáveis pela prosperidade do país e pelo fim da desigualdade, mais rapidamente chegaremos lá.

O segundo ponto é a gratidão. O iFood foi um dos primeiros unicórnios do país e hoje é referência mundial no que faz. Nessa jornada, somos muito agradecidos ao país e aos brasileiros e brasileiras que fazem o nosso sucesso acontecer.

Pensando nisso, chegou um momento em que nos perguntamos o que poderíamos fazer para retribuir essa prosperidade que o Brasil gerou para o iFood. Isso despertou em nós o desejo de causar um impacto positivo, genuíno, no país. 

Para descobrir quais deveriam ser as nossas prioridades, fomos conversar com 60 especialistas e ativistas em temas como meio ambiente, diversidade e capacitação tecnológica. Foi assim que chegamos a três pautas principais: educação, meio ambiente e inclusão.

Educação hoje, renda amanhã

A educação é um tema pelo qual sou apaixonado. Vivi três anos em Singapura, e me marcou muito ver como o país se transformou em uma nação desenvolvida em apenas uma geração, por meio da educação. Por isso, um ponto de consenso entre o iFood e os especialistas foi que, para o Brasil dar certo, temos que avançar em educação e desmistificar a tecnologia para que as pessoas ganhem esse conhecimento.

Vivemos um momento que traz uma nova onda de prosperidade no mundo com o avanço da tecnologia. É essencial que a gente pegue essa onda agora, porque assim teremos uma chance real de transformar o Brasil em uma potência em tecnologia por meio da educação. E isso tem que ser feito olhando para todos os grupos, especialmente para os que hoje são sub-representados na área de tecnologia, como mulheres, pessoas negras e quem está na base da pirâmide social.

Sem educação, não tem prosperidade nem redução da desigualdade. Um estudo feito pelo Banco Central em 2019 mostra, por exemplo, que o ganho médio de uma pessoa que tem nível superior aumenta 107% em relação ao de quem foi até o ensino fundamental. A educação de hoje é a renda de amanhã. Por isso, não dá para falar de prosperidade sem tratar de educação.

Menos lixo plástico, mais moto elétrica

Nossos compromissos com o meio ambiente têm duas metas bem claras para neutralizar o impacto ambiental da operação de delivery: ser uma empresa carbono neutro e zerar a poluição plástica.

Sabemos que não vamos conseguir zerar a emissão de gases poluentes em curto prazo, Por isso investimos nos objetivos que podemos cumprir desde já: compensar emissões de gases poluentes e investir no reflorestamento, na moto elétrica e na reciclagem de plástico.

Um projeto muito importante para reduzir o impacto das entregas é o de colocar 100 mil motos elétricas para rodar no iFood nos próximos anos, em parceria com a Voltz, e negociando com instituições financeiras um crédito acessível, com menores juros, para que as parcelas sejam inferiores aos gastos que os entregadores têm com combustível.

Nesse ano que passou, vimos que o modelo que criamos não é bom só para a nossa operação: também está incentivando outras a empresas a entrar nesse mercado e produzir motos elétricas.

Quanto ao plástico, atuamos em duas frentes: substituir e reciclar. Para isso, pesquisamos como fazer embalagens sustentáveis que sejam mais baratas que as de plástico e possam ser vendidas em escala no iFood Shop, para que o preço compense trocar o plástico pelo papel.

Mesmo assim, sabemos que é difícil zerar o consumo de plástico, então investimos no aumento da capacidade de reciclagem do plástico. Hoje, o iFood recicla cerca de 27% do lixo plástico que gera. Em parcerias com a Soma, a Recicla Orla e outras ONGs, reciclamos até 5.000 toneladas por ano e estamos adicionando capacidade de reciclagem no país.

Revolução sociodigital com comida na mesa

Na área de tecnologia, as melhores oportunidades são oferecidas a poucas pessoas. Um exemplo: só 20% dos profissionais de tecnologia são pessoas negras, e só um terço são mulheres. Nosso compromisso de inclusão, portanto, é levar iniciativas de educação e capacitação (como o Potência Tech) para todos os grupos hoje sub representados, como mulheres, pessoas negras e que vêm da base da pirâmide social.

Nesse ponto, eu faço uma provocação. Hoje, os empregos em tecnologia estão entre os que têm os melhores salários do país. Se conseguirmos ensinar tecnologia para quem vive à margem dessas oportunidades, vamos fazer a maior revolução sociodigital da história e reduzir enormemente a desigualdade social.

Falar em inclusão, para nós, também significa reduzir a insegurança alimentar, pois ninguém será capaz de aprender tecnologia sem antes se alimentar direito. Por isso, pensamos em como poderíamos usar a nossa tecnologia, a nossa cadeia e a nossa inteligência também nesse campo.

Estamos fazendo isso de duas formas. A primeira é usar o app do iFood como uma plataforma de arrecadação de doações que está se tornando cada vez mais relevante para os parceiros, como a Cufa, a Gerando Falcões e a Ação da Cidadania. 

A segunda é o projeto Todos à Mesa, no qual ajudamos a indústria e o varejo a entender como podem doar os alimentos que hoje são descartados. Juntos, otimizamos a cadeia para que as empresas pudessem doar mais de 1.800 toneladas de alimentos desde o final de 2021.

O sonho para o futuro

Quando olho para esse primeiro ano dos compromissos do iFood, vejo que abrimos muitas oportunidades para mudar a realidade do país, para devolver tudo o que já recebemos (um exemplo é que nos tornamos um dos principais agentes de filantropia e doação do Brasil).  

Mas a ideia não é sermos um protagonista solitário dessa transformação social e ambiental. O que nós queremos, de verdade, é inspirar mais pessoas e empresas a fazer o bem para a sociedade e o meio ambiente, traçar objetivos que possam ir além dos seus negócios. E elas já estão vindo ao nosso encontro: em 2021, muitas empresas e organizações nos procuraram para fazermos parcerias em ações socioambientais de impacto, como reflorestar a Mata Atlântica.

Com tudo isso, meu sonho é que, no futuro, cada vez que uma pessoa aperte o botão para confirmar um pedido no iFood, saiba que está fazendo o bem não só para ela mas para um ecossistema enorme —e contribuindo para que o país avance.

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