Mutirões se mobilizam para limpar praias no Rio de Janeiro

Em projeto com o iFood, o Recicla Orla tirou 9,6 toneladas de lixo da praia de Copacabana em apenas um dia. Saiba mais sobre a ação e como participar.

Só no primeiro dia do ano, o iFood e o Recicla Orla recolheram 9,6 toneladas das areias de Copacabana

No primeiro dia de 2022, um mutirão com 60 pessoas recolheu 9,6 toneladas de resíduos recicláveis da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ). A ação foi realizada pelo iFood por meio do projeto Recicla Orla, criado em parceria com a startup Polen e a concessionária Orla Rio.

Desde 2021, quando a parceria começou, já foram retiradas 326 toneladas de recicláveis das praias cariocas. “Com o apoio do iFood, o Recicla Orla expandiu sua operação para toda a orla da zona sul para mudar a forma como os resíduos eram tratados nas praias cariocas”, comenta Renato Paquet, CEO da Polen.

“Temos como meta zerar a poluição plástica no delivery e promover ações de impacto positivo no meio ambiente. No Rio, estamos atuando em cinco praias: Leme, Arpoador, Copacabana, Ipanema e Leblon. Sabemos que a maior parte dos resíduos deixados nas praias são recicláveis. Começar o ano com essa ação inédita só reforça o nosso compromisso”, afirma André Borges, head de sustentabilidade do iFood.

Quer participar? Em breve, novas datas serão divulgadas, e a ação deve passar ainda pelas praias do Leme, Leblon e Ipanema, além de Copacabana. O uso de máscara é obrigatório, e é recomendável levar água para se hidratar, usar roupas leves e passar protetor solar.

Poluição nos mares

No Brasil, o plástico é o material predominante no lixo descartado erroneamente nas praias, representando 70% dos resíduos recolhidos nas faixas de areia. É o que aponta um estudo da ONG Oceana.

A maior parte do lixo vem de embalagens de alimentos como balas, sorvetes e biscoitos, além de canudos, tampas de refrigerante e sacolas, de acordo com um estudo brasileiro publicado no Marine Pollution Bulletin em 2020.

No mundo, o volume de plásticos que está no oceano é estimado entre 75 e 199 milhões de toneladas —e o descarte de plástico em ecossistemas aquáticos deve triplicar até 2040 se não houver ações significativas para reverter esse quadro, aponta o último relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

O problema é que, ao chegar ao oceano, o plástico é ingerido por espécies que já estão ameaçadas, como a toninha, o boto-cinza, a tartaruga-de-pente, a tartaruga-de-couro, a tartaruga-oliva e o albatroz-real. E pelos seres humanos também, o que pode levar a alterações hormonais, distúrbios de desenvolvimento, anormalidades reprodutivas e câncer, segundo a ONU.
Esse cenário tem levado milhões de pessoas pelo mundo a se reunir para recolher o lixo das praias — somente a Oceana já mobilizou mais de 16 milhões de pessoas para coletar mais de 156 mil toneladas de lixo na areia e nas águas desde sua fundação, em 1986.

Para unir forças a esse movimento, em julho de 2021, o iFood se tornou a primeira empresa da área de delivery a assinar um compromisso com a campanha #DeLivreDePlastico, organizada pelo PNUMA e pela Oceana. A meta é reduzir a oferta de itens plásticos descartáveis no serviço de entrega e garantir que, até 2025, os pedidos não serão acompanhados de guardanapos ou de talheres, pratos, copos e canudos plásticos.

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