Entre os principais desafios da mobilidade urbana, está a busca de modais sustentáveis (movidos a energia limpa e renovável) para reduzir o impacto da emissão de CO2 no meio ambiente. O tema está também na pauta do iFood, que busca soluções alternativas para sua operação de delivery, como os drones. O Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG) aponta que o Brasil é o 7º maior emissor mundial de gases do efeito estufa – alguns dos causadores disso são a indústria, a agropecuária e os meios de transporte.
“Por meio do iFood Regenera – nosso pilar de sustentabilidade – tornamos públicos o compromisso de entregar mais para o meio ambiente do que consumimos dele. Dessa forma, o iFood caminha para ser a primeira empresa brasileira de delivery a oferecer um impacto ambiental positivo. A ideia é continuar crescendo, mas sempre de forma responsável”, afirma Gustavo Vitti, Vice-Presidente de Pessoas do iFood.
Para isso, o iFood investe em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologias para modais sustentáveis, como motos elétricas, bikes elétricas, robôs e drones. E é sobre este último que o iFood News vem contar todos os detalhes.
O céu é o limite, mas não pro iFood
Em abril de 2019, um projeto de inovação em logística começou: entregas de pedidos do iFood com drones – um modal sustentável, que utiliza energia limpa e reduz significativamente o tempo de espera de uma entrega.
Após muito estudo do que já vinha sendo feito com drones ao redor do mundo, aliado à vontade do iFood de incentivar outras empresas brasileiras, foi dado início a uma parceria com a Speedbird Aero. Algum tempo depois, a ideia, literalmente, decolou.
Em agosto de 2020, depois de solicitar à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o iFood foi autorizado a operar duas rotas de delivery por drone em Campinas, uma das maiores cidades do estado de São Paulo. Os testes iniciais foram realizados em parceria com o Shopping Iguatemi Campinas, onde o drone percorreu uma rota de aproximadamente 400m, de um extremo a outro do shopping. Se fosse feito por uma pessoa, o trajeto levaria 12 minutos em média. O drone reduziu essa média para apenas 3 minutos.
No primeiro semestre de 2021 foi dado início às entregas reais com o auxílio do modal. O trajeto do pedido envolveu um profissional que levava o pedido até o droneporto – área específica e segura para pousos e decolagens de drones -, um operador de drones da Speedbird, que colocava o pedido na caixa de transporte do drone e operava o modal até o iFood Hub – área para entregadores aguardarem e receberem os pedidos dos restaurantes do shopping -, onde outro operador capacitado para manusear o drone aguardava. Depois de retirado o pedido do equipamento, ele era direcionado a um entregador, que completava o processo fazendo a última etapa da entrega.
O drone utilizado nessas entregas tem capacidade para pedidos de até 2kg. Ele voa a 40km/h e pode alcançar alturas de até 60 metros – o equivalente a um prédio de 20 andares. As rotas são automatizadas e contam com o acompanhamento de um especialista em operação de drones.
Em poucos meses de operação, dentro do primeiro semestre de 2021, o iFood alcançou as metas estipuladas e fez mais de 300 entregas de pedidos reais para consumidores, com o apoio de mais de 20 restaurantes parceiros. Para quem tinha dúvidas, o futuro já chegou.
Os planos, porém, não param por aí. O céu de outras cidades já está nas intenções do iFood.
Próximos Passos
“Nós mapeamos, pelo menos, 200 cidades onde o iFood está presente com condições similares às de Campinas para testar a implementação de drones como modais complementares na entrega. Inclusive, uma capital do Nordeste já está nos nossos planos”, revela Fernando Martins.
As intenções de expansão do drone como modal para o delivery de alimentos estão diretamente ligadas aos compromissos do iFood Regenera. Até 2025, a meta é fazer, pelo menos, 50% das entregas do iFood com modais não poluentes.
