O que podemos fazer para reduzir o impacto ambiental?

No Dia da Mata Atlântica, head de soluções sustentáveis do iFood, escreve sobre sustentabilidade para o jornal O Tempo

Por André Borges, head de soluções sustentáveis no iFood

Artigo publicado no jornal O Tempo – Link

Cada vez mais se torna urgente a pauta de sustentabilidade no meio corporativo. Mais do que reciclar, é preciso preservar e regenerar o meio ambiente. Só entre 2020 e 2021, foram devastados 21.642 hectares da Mata Atlântica, o que equivale a mais de 20 mil campos de futebol e representa uma alta de 66% em relação ao período entre 2019 e 2020.

Os dados são da Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Outro dado alarmante é que restam apenas 12,4% da floresta que existia originalmente. Bioma que abrange cerca de 15% do território nacional e que concentra 70% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. 

Para mudar esse cenário, o caminho é longo. Ainda há muito o que percorrer para diminuir os impactos ambientais. E esse problema não é só das autoridades, mas também da sociedade, instituições e iniciativas privadas. Afinal de contas, o benefício é para todas as pessoas. Devemos atuar como agentes de transformação de forma conjunta. 

Na sociedade, por exemplo, é possível aplicar a política dos 5 Rs, que propõe uma mudança de comportamento de consumo e a forma de lidar com os resíduos gerados. Os 5 Rs consistem em cinco norteadores: repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar. Neste caso, ainda ousaria incluir mais um “R” importante, o reflorestar. É interessante incorporarmos na nossa vida o hábito de cultivar hortas domésticas ou jardinagem.

Já nas iniciativas privadas, o leque de oportunidades é ainda maior. Para ajudar na restauração da floresta, por exemplo, abrimos um espaço no aplicativo do iFood para arrecadar doações, que são revertidas para o plantio de árvores nativas em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica.

Como resultado, em março deste ano, os parceiros começaram o plantio de 50 mil mudas nas cidades de Porto Feliz e Marabá Paulista (SP), o que representa uma área similar à de 20 campos de futebol e que pode retirar até 8.300 toneladas de CO2 da atmosfera em 20 anos — o equivalente a 28 milhões de entregas no delivery.

Além de se unir a instituições importantes do setor, há outras iniciativas que as empresas podem incorporar para reduzir os impactos ambientais, como é o caso da redução do uso de plástico. Há um ano, oferecemos aos clientes no aplicativo a opção de dispensar o envio de talheres, copos, canudos e outros itens de plástico pelos restaurantes.

A adesão foi imediata: 94% das pessoas responderam que preferem não receber talheres e canudos plásticos. O impacto da ação foi de mais de 165 milhões de pedidos feitos sem itens plásticos de uso único – o que equivale a cerca de 1.000 toneladas a menos de plástico ao dia. Mas a missão continua. Agora, a meta é acabar com a poluição plástica no delivery até 2025.

No âmbito político, novos caminhos estão sendo traçados. As discussões de regulação do mercado de carbono podem criar as bases importantes para negócios mais verdes.

Há muito tempo, as empresas e instituições não se preocupavam em mensurar e neutralizar os gases de efeito estufa (GEE) que emitem na atmosfera. Com uma regulamentação, esse cenário muda. Nesse contexto, o mercado de crédito de carbono permite também que companhias que diminuem suas emissões possam vender esses ativos para outras empresas e países que não atingiram suas metas de redução estipuladas.

Desta forma, a mensagem é simples: não só no Dia Nacional da Mata Atlântica, mas em todos os dias do ano, há sempre espaço para nos tornarmos agentes de transformação em prol do meio ambiente.

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