O que são as dark kitchens e como elas estão se expandindo?

Você sabe o que é uma dark kitchen? Saiba o que é esse modelo de negócio focado no delivery e como vem se expandindo no Brasil.

Conheça os diferentes formatos desse modelo de negócio focado no delivery

A expansão do delivery nos últimos anos trouxe um novo modelo de negócio para os empreendedores na área de alimentação: as dark kitchens. Em vez de ter balcão ou salão para receber o público, esse restaurante é composto por uma cozinha otimizada para atender apenas os pedidos de delivery.

A vantagem de abrir uma dark kitchen não é só ter um custo fixo menor —uma vez que não é preciso ter equipe de atendimento e que o ponto comercial é mais barato do que em ruas comerciais valorizadas ou em shoppings. Adotar esse modelo de negócio é uma estratégia que permite explorar novos territórios na cidade, seguindo o aumento da demanda pelo delivery de determinados tipos de refeição.

Em alguns casos, até mesmo restaurantes que já existem alugam dark kitchens em pontos estratégicos, que permitem entregar pedidos para um público maior. Em outros, os negócios já nascem preparados para atuar apenas como delivery.

Existem também dark kitchens multimarca, nas quais a mesma empresa de alimentação oferece diferentes tipos de culinária, e os pratos são preparados em uma cozinha compartilhada, para otimizar os custos operacionais.

Essa é a estratégia do Cozinha Simples, uma rede de dark kitchens multimarca criada em 2020 em São Paulo (SP), que faz entrega de culinárias variadas —que vão desde o queridinho hambúrguer até saladas, de acordo com as demandas de cada região.

Além disso, a empresa aluga cozinhas para restaurantes e indústrias que querem operar nesse modelo para atender a um público de maior alcance. Nessas parcerias, a Cozinha Simples cede a cozinha para o restaurante operar com a sua equipe ou fornece a mão de obra necessária para tocar a cozinha na operação de delivery.

Para aproveitar a estrutura ao máximo, os empreendedores Alan Pedroso e André Piva, fundadores do negócio, planejam também atuar com white label, oferecendo a produção própria para outras marcas. O formato de dark kitchen, para eles, está em expansão.

“O crescimento do delivery ainda vai continuar pelos próximos anos, mesmo que em um ritmo menos acelerado do que vimos durante a pandemia”, conta Alan, acrescentando que a empresa fechou o ano de 2021 com 4 unidades e 17 lojas virtuais.

Hamburgueria em expansão

Operar no sistema de dark kitchen também foi a opção de Maikon Rangel, da hamburgueria Just Burger, de São Paulo (SP). “Optei por ser 100% delivery e deu super certo. Antes de abrir, fizemos um estudo e vimos que onde queríamos operar não havia muita qualidade de delivery”, conta Maikon.

Depois de inaugurar a primeira unidade, em 2018, ele viu as vendas crescerem 100% no primeiro ano e resolveu abrir mais dark kitchens: uma em São Bernardo (SP), em 2021, e outra em Guarulhos (SP), em 2022. “Com a pandemia, a demanda por comida em casa cresceu muito, e a gente surfou nessa onda”, diz.

Para ele, a tendência das dark kitchens vem se consolidando. “Acredito que esse é o melhor cenário”, conta o empreendedor, que hoje tem 60 funcionários nas unidades, que começaram empregando 12 pessoas em 2018. “Agora estou pensando em abrir um lounge, mas como teste, porque os clientes estão pedindo muito. Mas todas as nossas filiais são focadas no delivery.”

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