O que são sistemas alimentares?

Sistemas alimentares são os processos relacionados à alimentação, cobrindo todo o percurso do alimento: da produção à preparação e consumo.

Termo constantemente citado quando se discutem alimentação e cadeias de produção, os Sistemas Alimentares compreendem todo o percurso de um alimento, desde a produção agrícola ao seu consumo ou descarte. De uma ponta a outra, porém, há diversas etapas, agentes e produtos englobados pelo conceito.

A FAO, agência das Nações Unidas para a Alimentação, vai além: segundo a agência, é preciso debruçar-se sobre Sistemas Agroalimentares, que abrangem as etapas de como os alimentos são cultivados, colhidos, transformados, embalados, transportados, distribuídos, comercializados, comprados, preparados, comidos e eliminados. Entram nesta definição, também, os produtos que constituem os meios de subsistência (por exemplo silvicultura, pecuária, utilização de matérias-primas, biomassa para produzir biocombustíveis, e fibras), as pessoas, atividades, investimentos e escolhas que tenham algum papel na obtenção destes produtos alimentares e agrícolas.

Por que é importante falarmos sobre Sistemas Alimentares?

É importante debatermos Sistemas Alimentares porque a forma como produzimos, hoje, não se sustentará a longo prazo. A Organização estima que, até 2050, a população mundial deva chegar a 9,7 bilhões de pessoas. Para alimentar a todos, seria preciso passar dos atuais 8,4 bilhões de toneladas de alimentos para 13,5 bilhões – um aumento de pouco mais de 60%.

Além disso, a ONU aponta que, atualmente, a cadeia de produção de alimentos gera um desperdício de 1,3 bilhão de toneladas por ano, enquanto, em um contexto mundial, a fome e a insegurança alimentar seguem com índices alarmantes.

A organização estima que mais de 800 milhões de pessoas no mundo passam fome, e 3 bilhões não têm dinheiro para uma alimentação saudável. No Brasil, um levantamento da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), realizado neste ano, indica que 20 milhões de brasileiros passam um dia ou mais sem ter o que comer. Portanto, repensar a distribuição destes alimentos não se faz somente necessária, como urgente.

É importante entender que, além da Fome, o mau funcionamento dos Sistemas Alimentares tem impacto em diferentes frentes: na saúde, com sobrepeso, obesidade, e doenças crônicas; na sociedade, com o aumento das desigualdades sociais; no meio ambiente, à destruição dos ecossistemas e a contribuição para o aquecimento global.

Conheça iniciativas do iFood para promover a segurança alimentar no país

O iFood integra o grupo de empresas que assinaram o Pacto Global da ONU (Organização das Nações Unidas), sendo a primeira foodtech no Brasil a aderir à iniciativa. Ao assinar o Pacto, o iFood reafirma o compromisso de alinhar suas estratégias e operações aos princípios estabelecidos pela ONU nas áreas de segurança alimentar, sustentabilidade, educação e inclusão social. Também se compromete a seguir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ou seja, as metas traçadas por 193 líderes mundiais para resolver os principais desafios sociais e ambientais do planeta até 2030.

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