Por que devemos agir já para reduzir o desperdício e o lixo

André Borges, head de soluções sustentáveis do iFood, mostra as ações da foodtech para se alinhar aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU

Em 2050, a população do mundo deve chegar a 9,7 bilhões de pessoas, segundo a previsão feita pela ONU (Organização das Nações Unidas). Um dos grandes desafios nesse cenário será como viver de forma sustentável em um planeta com 2 bilhões de pessoas a mais do que temos hoje.

Essa perspectiva nos impulsiona a repensar, desde já, os nossos hábitos e os nossos negócios. Por isso, alcançar um patamar de produção e consumo alinhado com os recursos naturais disponíveis é uma das metas estabelecidas pela ONU em seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, os famosos ODS’s.

Olhando mais de perto para essa meta, veremos que um dos principais objetivos a serem atingidos em 2030 é reduzir à metade o atual desperdício per capita de alimentos. Isso significa diminuir o nível de perda de alimentos ao longo de toda a cadeia de produção e de abastecimento, do campo à mesa.

Como signatário do Pacto Global da ONU, o iFood assumiu o compromisso de seguir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e já está colocando em prática iniciativas para combater o desperdício. Afinal, inovar no campo da alimentação é o nosso negócio.

Com o Todos à Mesa, por exemplo, queremos incentivar indústrias e varejistas a doar os alimentos excedentes que estejam próprios para consumo para alimentar a quem mais precisa. E, claro, inspirar mais empresas a se unir a nós nessa rede de combate à fome e ao desperdício. Importante frisar que muitas grandes empresas já têm boas políticas de redistribuição de excedentes e juntos podemos potencializar isso, compartilhando as melhores práticas de combate ao desperdícios com pequenas e médias empresas e mercados.

Outra solução são as hortas urbanas, como a que o iFood cultiva no prédio de sua sede e as que financiamos em escolas públicas de São Paulo. Como essas plantações ficam dentro das cidades, o desperdício que em geral acontece ao longo de toda a cadeia, desde o campo, cai de 40% para 2%, segundo as estimativas do nosso parceiro Begreen. Além de reduzir o desperdício, as hortas em escolas também levam comida saudável e diversificada e são excelentes ferramentas de educação ambiental para as crianças e adolescentes. Isso sim é que é alimentar o futuro do mundo.

Zero poluição plástica

A quantidade de resíduos que geramos e descartamos no meio ambiente também é alvo de preocupação no Objetivo número 12 da ONU. Tanto que outra das metas estabelecidas é reduzir substancialmente a geração de resíduos até 2030 por meio de um consumo mais consciente, da reciclagem e do reúso.

Essa também é uma preocupação que norteia nosso programa de metas ambientais, o iFood Regenera. Mas nada de esperar até 2030: até 2025 queremos atingir as duas grandes metas desse pilar —acabar com a poluição plástica das operações de delivery e transformar o iFood em uma empresa que neutraliza 100% de suas emissões de gases que causam o efeito estufa com metade das entregas sendo feitas por modais limpos.

Aqui, a jornada já começou. Em 2021, por exemplo, investimos na ampliação da oferta de bicicletas elétricas aos nossos entregadores parceiros e na pesquisa e desenvolvimento de embalagens sustentáveis —também assinamos um compromisso com o PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) e Oceana (ONG de proteção dos oceanos) para reduzir a oferta de plásticos descartáveis nas nossas entregas.

E esse é apenas o começo. Para nós, o crescimento de um negócio que alimenta um futuro melhor caminha lado a lado com a regeneração do meio ambiente. Sabemos que ainda há um longo caminho a percorrer nesse sentido, mas nosso compromisso com gerar um impacto positivo —no meio ambiente e nas pessoas— é perene. E se estende para bem além de 2030.

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