Por que está todo mundo de olho na COP26

Entre 31 de outubro e 12 de novembro, acontece a COP-26, Conferência da ONU para o Clima. A agenda é considerada crucial para o debate sobre o futuro do planeta.

Conferência da ONU para o Clima coloca em discussão o que os países devem fazer para frear o aquecimento global

Entre os dias 31 de outubro de 12 de novembro, o aquecimento global vai estar no centro das discussões das principais lideranças do mundo, que se reunirão na COP26 – a Conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) para o Clima -, em Glasgow, no Reino Unido.

Segundo a organização, o planeta segue em “alerta máximo” quando se trata das consequências das mudanças climáticas, como aumento de mortes relacionadas à poluição do ar, perda de biodiversidade e catástrofes causadas pelo aumento da temperatura ao redor do globo.

Entre as principais ações listadas pelas Nações Unidas para mitigar esses problemas –e que devem fazer parte da agenda da conferência– estão a descarbonização em todos os setores e também mais subsídios para a energia renovável.

Um dos objetivos da COP26 é debater medidas que possam frear o aquecimento global e cumprir a meta estabelecida pelo Acordo de Paris: a de limitar o aumento da temperatura média global a 1,5ºC — a previsão atual é que esse número alcance os 2,7ºC.

No Brasil, por exemplo, nenhum dos nove estados da Amazônia Legal tem sistemas de alerta ou um plano de contingência para lidar com eventos extremos causados pelas mudanças climáticas, como ondas de calor, incêndios florestais e secas, além de inundações.

Essa é a conclusão de um estudo que mapeou as políticas públicas da região, divulgado em 26 de outubro pelo Achados e Perdidos, iniciativa da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e da Transparência Brasil, realizada em parceria com a Fiquem Sabendo e com financiamento da Fundação Ford.

A Amazônia foi escolhida como foco da análise por ser uma das regiões mais vulneráveis ao impacto das mudanças climáticas no mundo, uma situação que se agrava com o desmatamento e a queima de combustíveis fósseis. Na bacia amazônica, o aumento médio da temperatura desde 1979 ficou entre 0,6 ºC e 0,7 ºC, segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês).

Novos acordos sobre o clima

Durante a COP 26, os países participantes vão negociar compromissos focados em como zerar a emissão de carbono até 2050, como proteger florestas e comunidades nos países ameaçados pelas mudanças climáticas, o financiamento de países ricos a nações em desenvolvimento e a eliminação do uso de combustíveis fósseis. Ajustes no mercado internacional de créditos de carbono também devem ser discutidos, a exemplo do que ocorreu na última COP, realizada em 2019.

A expectativa é que, após essas conversas, os países estabeleçam objetivos mais ousados do que as combinadas no Acordo de Paris em relação aos compromissos para combater o aquecimento global e efetivamente limitar o aumento da temperatura média da Terra a 1,5ºC.

Ao final do evento, novos acordos e metas devem ser estabelecidos para resolver esse desafio, bem como a definição das regras para finalmente implementar o que está no Acordo de Paris.

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