Realidade aumentada: como ela está presente no nosso cotidiano

Saiba mais sobre o conceito de realidade aumentada, quais são suas aplicações e o que a difere da realidade virtual

A realidade aumentada é uma tecnologia que mistura imagens virtuais com o mundo real. Ela sobrepõe figuras à nossa visão do mundo físico e permite a nossa interação com elas. Um exemplo é o jogo Pokémon GO, no qual as pessoas caçavam criaturas virtuais pela cidade, mas elas só eram vistas na tela do celular.

Da leitura de um QR code aos filtros do Instagram, a realidade aumentada está sendo usada de diferentes formas nos mais variados segmentos da sociedade. 

Essa tecnologia amplia nossa percepção da realidade por meio da inserção de objetos virtuais no mundo real. 

Neste artigo você vai saber mais sobre o conceito de realidade aumentada, quais são suas aplicações, exemplos e tipos, a diferença da realidade virtual e quais são os desafios enfrentados. 

O que é realidade aumentada?

Realidade aumentada (RA) é a tecnologia que possibilita a interação entre o mundo real e o mundo virtual por meio de elementos digitais como imagens, sons e dados. 

Esse sistema em três dimensões e interativo permite que tais informações  sejam projetadas, em tempo real, no mundo físico. Por isso, é uma mistura de realidade virtual e vida real. 

O mercado de RA, avaliado em US$ 24,3 bilhões em 2021, está em franca expansão e, cada vez mais, empresas buscam explorar o potencial dessa tecnologia. 

Exemplos de RA

Um dos exemplos mais conhecidos é o jogo para smartphones Pokémon Go, da Nintendo, em que os jogadores têm que capturar pokémons em locais reais.  

A educação é uma área promissora na qual a realidade aumentada pode ser usada para ensinar várias matérias. 

Um exemplo é o HoloLens, que permite a melhora do aprendizado por meio de uma inserção aprofundada no objeto de estudo. 

Outro exemplo são as simulações de maquiagem para obter o resultado de como ficaria finalizada a maquiagem, assim como os filtros com os quais brincamos nas redes sociais.

Além disso, colocar móveis virtuais em uma sala real para testar padrões de decoração ou pintar virtualmente a parede real de um cômodo são outras formas de RA. Finalmente, o QR code também é uma aplicação muito utilizada. 

Como funciona?

A realidade aumentada funciona com câmeras digitais e sensores em que se sobrepõem imagens digitais no mundo real com o uso dos aplicativos. 

Funciona assim: primeiro apontamos a câmera para um objeto. Um software embarcado reconhece aquele objeto, baixa informações sobre ele que estão em nuvem e carrega dados para apresentar aquele objeto em 3D. O que passamos a ver, portanto, é metade real e metade digital.

O pulo do gato é um modelo digital em 3D, que é uma espécie de gêmeo do objeto físico real que fica na nuvem. Esse modelo é uma ponte entre o objeto e a realidade aumentada, pois esse “gêmeo” reúne as informações do produto que estão na nuvem e atualiza o que estamos vendo em cada momento.

A partir daí, podemos interagir com essa imagem por toque na tela, voz ou gesto. E, conforme nos movimentamos, a tela se ajusta ao contexto —e pode trazer até novas imagens, textos e números. Uma pessoa que trabalha com robôs em uma fábrica, por exemplo, pode ter informações sobre o funcionamento de cada máquina ao olhar para elas enquanto caminha e comandá-las por voz.

Os hardwares utilizados para a RA são processador, display, sensores e smartphones com câmeras digitais, GPS e sistemas microeletrônicos. 

Para que serve a realidade aumentada?

A RA serve para enriquecer a experiência das pessoas em jogos ou redes sociais, por exemplo, ou de consumidores que querem experimentar algo antes de comprar.

Portanto, o objetivo da realidade aumentada é inserir informações virtuais e criar significados sobre objetos do mundo real.  

Além disso, a tecnologia ajuda a melhorar a percepção de usuários, o desempenho de atividades diárias e o treinamento e desenvolvimento de habilidades. 

3 exemplos de uso da realidade aumentada

A interação entre o real e virtual pode ser usada em diversos setores da economia, dos games ao turismo; da exploração do espaço a espetáculos. As aplicações são inúmeras, mas trazemos alguns exemplos para dar um gostinho do que já existe por aí:

Museus

Primeiro, o Smithsonian National Museum of Natural Art (Estados Unidos) adotou a realidade aumentada na exposição permanente “Skin and Bones”. O objetivo é que os visitantes pudessem ver como os esqueletos de animais expostos ficariam com pele ou em movimento.

Em 2021, a nova experiência do museu é a exposição “Critical Distance”, na qual os visitantes entram em um tanque com 24 orcas holográficas em extinção para ver como elas caçam e lidam com a poluição no mar.

Varejo

A rede de cosméticos Sephora criou um aplicativo, o Visual Artist, que usa o reconhecimento facial para que as clientes possam testar maquiagens por realidade aumentada. Além disso, dá para fazer tutoriais de maquiagem virtualmente. No app Nike Fit, as pessoas apontam a câmera para o seu pé e a marca diz qual é o tamanho certinho de tênis.

Já a IKEA Place é um aplicativo de realidade aumentada para que os clientes possam visualizar no smartphone como os móveis à venda na loja ficariam em sua casa —e que sugere quais cabem no espaço.

Educação

Uma área promissora, pois dá para usar a realidade aumentada para ensinar várias matérias. Com o HoloLens, a Microsoft permite que médicos e estudantes de medicina aprendam sobre o corpo humano mergulhando nele, com recursos como isolar partes e dar aquele zoom para entender melhor oque acontece.

No campo da Astronomia, o SkyView permite explorar os mistérios do Universo com uma realidade aumentada que se sobrepõe a uma imagem (real) do céu noturno. Basta apontar para o céu para ver estrelas, constelações, planetas e até satélites. E até a marca de guitarras Gibson entrou nessa com um app de realidade aumentada para que as pessoas ouçam como seria tocar com uma banda virtual com feedback em tempo real.

Por que investir em realidade aumentada?

O mercado de realidade aumentada deve atingir US$ 597 bilhões em 2030, de acordo com a empresa de pesquisa Grand View Research. 

A expansão desse mercado pode ser atribuída à crescente adoção da tecnologia de RA em setores como automotivo, saúde, educação, marketing, entre outros. 

Na educação, a RA ajuda a melhorar as diferentes etapas do aprendizado dos alunos. Já no varejo, por exemplo, a tecnologia fornece uma experiência imersiva aos consumidores. 

Tipos de realidade aumentada

Existem diferentes tipos de realidade aumentada: RA baseada em marcadores e RA sem marcadores. Para esse último tipo, existem quatro subtipos. 

Todos os tipos têm características em comum. No entanto, cada tipo é para um uso específico e se baseia em diferentes princípios tecnológicos. 

RA baseada em marcadores 

Os aplicativos de realidade aumentada baseados em marcadores funcionam a partir de uma imagem física específica do ambiente real que é sobreposta a um objeto virtual 3D. 

Um exemplo disso são os filtros do Instagram, Snapchat e a leitura de QR code. 

Esse sistema de reconhecimento de imagem baseado em marcadores requer câmera, captura de imagem, processamento da imagem e o rastreamento de marcadores. 

RA sem marcadores 

A realidade aumentada sem marcadores possibilita posicionar objetos 3D virtuais em um ambiente real, seja por meio de câmeras ou GPS. 

RA sem marcadores utilizam localização e mapeamento simultâneos (slam) para criar mapas certos de posicionamento dos objetos.  

Há 4 tipos de RA sem marcadores:  de localização (Pókemon Go), projeção (hologramas interativos), superposição (app Ikea Place) e de contorno (Live View do Google Maps).  

Realidade virtual e aumentada: qual a diferença?

Tanto a realidade virtual como a realidade aumentada podem alterar a nossa percepção do mundo, mas a diferença entre elas é como mudam a percepção da nossa realidade.  

A realidade virtual cria mundos virtuais com os quais podemos interagir de modo que se torna difícil reconhecer a diferença entre o que é real e o que não é.  

O uso de capacetes e óculos de realidade virtual faz com que os usuários, principalmente de jogos, desconectem-se do mundo real para serem levados a uma realidade alternativa. 

Já a realidade aumentada não nos leva a mundos virtuais alternativos, mas amplia nossa presença dentro da realidade cotidiana por meio de objetos virtuais. 

Quais são os desafios dessa tecnologia?

A realidade aumentada tem sido usada em negócios, entretenimento, construção civil, indústria, marketing, turismo, educação, saúde, entre outras áreas. 

Com essa ampla expansão surgem os desafios que a realidade aumentada pode enfrentar. Segundo o site Imagine AR, são três os principais desafios desta tecnologia. 

A falta de modelos de negócio de RA comprovados que funcione a longo prazo é um desses deles, embora grandes empresas já estejam experimentando soluções com a tecnologia. 

Outro desafio é a carência de um padrão para design e desenvolvimento de aplicativos de RA. Um padrão de software e hardware unifica soluções, porém isso leva tempo para ser estabelecido. 

Segurança e privacidade são desafios importantes a ser enfrentados pela indústria da realidade aumentada. Isso porque uma vez que ainda não existe regulamentação sobre o que é permitido e o que não deve ser permitido em um ambiente de realidade aumentada.

VEJA COMO A REALIDADE AUMENTADA PODE SER APLICADA DENTRO DA REALIDADE VIRTUAL

Esse conteúdo foi útil para você?
SimNão

Publicações relacionadas