3 dicas para lançar menos microplásticos no meio ambiente

Os microplásticos estão por toda a parte — inclusive dentro do corpo humano.

Para começar, investigue seu banheiro e reveja seus hábitos de lavagem de roupas

Os microplásticos estão por toda a parte —inclusive dentro do corpo humano. Tanto que a cada ano ingerimos de 74 mil a 121 mil partículas de microplásticos, segundo uma estimativa feita pelo Departamento de Biologia da Universidade de VIctoria (Canadá).

Se você olhar à sua volta, vai notar a quantidade de coisas que são feitas com esse material, desde aquela roupa de malhar até o esfoliante que está no banheiro. 

Quer fazer a sua parte para reduzir a poluição por microplásticos? Aqui vão três dicas:

Consuma menos plástico

Para reduzir esse tipo de poluição plástica, o primeiro passo é adotar o consumo consciente e aplicar a regra dos 5 “R”: repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar. Fica a dica: no iFood você pode dispensar o envio de itens plásticos nos pedidos de delivery e colaborar com o compromisso #DeLivreDePlástico.

Se não for possível evitar o plástico, pense em como você pode reduzir seu uso ou reutilizar aquele objeto em vez de jogar no lixo. Sempre que possível, encaminhe esse tipo de material para a reciclagem. 

Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), em 2020 a indústria gerou 7,1 milhões de toneladas de produtos físicos de plástico e reciclou 838,5 mil toneladas de plástico pós-consumo.

“Em um cenário ideal, deveríamos reciclar praticamente tudo”, diz Bruno Yamanaka, especialista de conteúdo do Instituto Akatu, organização não-governamental focada em consumo consciente. “Mas sabemos que alguns locais carecem de uma reciclagem eficiente, e por isso muitos materiais não conseguem ser reciclados ou são descartados de forma incorreta”, diz.

Leia o rótulo dos cosméticos

Alguns cosméticos e produtos de higiene pessoal contêm microplásticos não só na embalagem mas também na sua composição. Esfoliantes, desodorantes, xampus, batons, cremes de barbear, repelente, hidratantes, glitter e outros produtos podem conter pequenas partículas de plástico que são capazes de passar pelo sistema de filtragem de águas residuais e terminar nos rios, lagos e mares, explica o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNPE)

Para evitar que o seu banheiro contribua para a poluição dos mares, confira a lista de ingredientes dos produtos. Se aparecerem itens como polietileno (PE), polimetilmetacrilato (PMMA), nylon, polietileno tereftalato (PET) e polipropileno (PP), isso significa que há microplásticos na composição.

Outra possibilidade é baixar o aplicativo Beat The Microbead e escanear a lista de ingredientes do produto para verificar se o produto contém plásticos que irão do seu ralo direto para o oceano.

Em 2018, a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos assinou um compromisso voluntário para eliminar o uso do material em seus produtos enxaguáveis, substituindo-os por ingredientes biodegradáveis até 2021. Segundo a instituição, as empresas do setor fizeram os ajustes na produção dentro do tempo estipulado.

Lave menos as roupas sintéticas

Se possível, tire do armário e pare de usar as roupas feitas de tecidos sintéticos, como poliéster, acrílico e nylon, orienta o site Mar Sem Fim. Melhor trocar por roupas feitas de tecidos naturais, como algodão e linho, que irão se decompor no ambiente.

Se não der para evitar, tenha cuidado ao lavar a roupa. Isso porque os microplásticos dos tecidos sintéticos podem sair junto à água descartada, ir para o esgoto e acabar ganhando os rios e oceanos.

O ideal é lavar as roupas de tecido sintético com menos frequência (para reduzir a liberação de microplásticos), usando sempre a capacidade máxima da máquina para reduzir a fricção entre as peças, em ciclo curto e água fria, aponta a Vogue.

Outra solução é usar um filtro de microplásticos na máquina de lavar roupas, como o GuppyFriend ou a Cora Ball,mas eles ainda não são vendidos no Brasil. A boa notícia é que estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) venceram uma competição de inovação apresentando um sistema de filtragem do material para ser instalado em residências.

Esse conteúdo foi útil para você?
SimNão

Publicações relacionadas