Delivery do iFood por drone chega ao Nordeste

O delivery por drones chega ao Nordeste: saiba como a entrega aérea está sendo realizada pelo iFood entre as cidades de Aracaju e Barra dos Coqueiros.

Voo entre cidades é testado pela primeira vez entre Sergipe e Barra dos Coqueiros

O drone do iFood chegou ao Nordeste: de outubro a dezembro de 2021, esse modal não poluente foi testado, em voos experimentais, para fazer entregas em Sergipe, entre a capital Aracaju e a cidade de Barra dos Coqueiros.

Os testes de delivery com drones começaram em Campinas, em dezembro de 2020, em parceria com a Speedbird Aero e a AL Drones. A inovação em Sergipe foi realizar a entrega entre dois municípios. Partindo do shopping RioMar Aracaju, o drone atravessa o rio Sergipe e percorre 2,8 km até pousar em Barra dos Coqueiros levando pedidos das redes Madero e McDonald’s.

Quando chega nesse “droneporto” (uma área específica e segura para pousos e decolagens de drones), a refeição é levada até o iFood Hub, onde os entregadores pegam o pedido e levam até a casa dos clientes.

O drone faz o trajeto entre Aracaju e Barra dos Coqueiros em apenas 5 minutos e 20 segundos, enquanto a entrega tradicional leva entre 25 e 55 minutos, dependendo do trânsito, que costuma ser carregado na única ponte de acesso à Barra dos Coqueiros, localizada na zona norte de Aracaju.

“Nosso objetivo é aumentar a eficiência das entregas e levar a tecnologia para todo o país”, afirma Fernando Martins, head de logística e inovação no iFood. Em Campinas, por exemplo, o uso de drones reduziu de 12 para 2 minutos o tempo do percurso dos restaurantes do Shopping Iguatemi Campinas até o iFood Hub.

Em Sergipe, um dos primeiros a pedir um delivery que chegou de drone foi o advogado Alexandre Hardman. Fã (e dono) de drones, ele mora em Barra dos Coqueiros e acompanhou de perto todas as etapas de implementação da entrega por drone, pois mora perto da área de aterrissagem.

“É bem interessante ver essa revolução tecnológica chegar aqui ao Nordeste”, diz Alexandre, que consegue ver, da sua janela, a área de aterrissagem. Ele conta que ficou curioso para ver o drone funcionar, especialmente por ser um modelo programado, sem visão por câmeras. “É um barato: ele vem, desce, solta a embalagem e depois decola imediatamente. Achei o equipamento e a organização fantásticos. Parece coisa de filme.”

Quando começaram as entregas, Alexandre aproveitou para pedir hambúrgueres do restaurante Madero. “Se eu saísse para comer lá, ia levar duas horas, por causa do trânsito”, conta. O advogado aprovou a qualidade da entrega —e fez vários novos pedidos. “Como estamos fora da Grande Aracaju, poucos restaurantes de lá entregam aqui. Antes, a nossa opção de restaurantes era restrita. Agora acredito que vai aumentar.”

Delivery por drones: mito ou verdade?

O drone vem até a minha porta

Mito. O drone não vai até a casa dos clientes: sua missão é reduzir o tempo de viagem no primeiro trecho, a partir do restaurante até um ponto de retirada (o iFood Hub). De lá, os entregadores usam os modais tradicionais (moto, bicicleta ou patinete) para levar a refeição até os clientes.

Os drones têm pouco mais de 1 metro

Verdade. Os drones usados pelo iFood no delivery são pequenos: têm 1,5 metro de altura e 1,20 de largura. Equipados com seis motores e dois aparelhos GPS, eles funcionam com tecnologia 4G e podem voar com velocidade de 32 km/h.

Todas as entregas serão feitas por drones

Mito. Os drones são equipamentos que vêm para ajudar na demanda, por isso percorrem apenas uma parte do trajeto, para agilizar a rota entre o restaurante e o ponto de retirada. Os entregadores continuarão levando as refeições desde o ponto de retirada até a casa do cliente.

Com os drones, aumenta a área de entrega

Verdade. O trunfo dos drones é percorrer longos trajetos em poucos minutos. Dessa forma, é possível expandir o raio de atendimento dos estabelecimentos, como está sendo feito entre Aracaju e Barra dos Coqueiros.

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