iFood recebe Prêmio Diversidade em Prática por ações de D&I

Metas de diversidade e Índice de Segurança Psicológica são reconhecidos como boas práticas para ter um ambiente mais inclusivo de trabalho

No dia 18 de outubro, o time de Diversidade e Inclusão do iFood recebeu o Prêmio Diversidade em Prática na categoria Cultura Inclusiva por suas metas de diversidade e pelo Índice de Segurança Psicológica, que mede a sensação de pertencimento de grupos minorizados no ambiente de trabalho.

A premiação reconhece ações inovadoras das empresas para criar um ambiente de trabalho mais inclusivo e foi revelada durante o Diversidade em Prática Summit, promovido pela Blend Edu, startup especializada em soluções de diversidade e inclusão.

“Para nós é um orgulho enorme ver o reconhecimento do nosso trabalho. É muito bom saber que práticas como a nossa podem influenciar o mercado”, afirma Bel Glezer, do time de diversidade e inclusão do iFood, que apresentou as metas de diversidade e o Índice de Segurança Psicológica ao público do evento. “Promover um impacto positivo na sociedade faz parte do nosso propósito.”

Ela conta que o desenvolvimento das metas começa em 2020, quando o iFood começou pensar em seus indicadores e direcionais de diversidade e inclusão, que foram oficialmente lançadas no ano seguinte. Outro aspecto importante foi a revisão do propósito e valores do iFood: “Quando adotamos o propósito de alimentar o futuro do mundo, o valor da meritocracia deu lugar ao da equidade, por exemplo”, explica Bel. 

“Havia o desafio enorme de tornar o iFood um lugar mais representativo em relação ao Brasil. Por isso, desenhamos as nossas metas com enfoque em mulheres e pessoas negras, dois grupos que são maioria na população, mas que são tradicionalmente sub-representados nos espaços de poder”, completa ela.

Assim nasceram as metas de diversidade e inclusão premiadas, que são:

  • Ter 50% de mulheres na liderança (em cargos de coordenação ou superiores);
  • Ter 30% de pessoas negras na liderança (em cargos de coordenação ou superiores);
  • Ter 35% de mulheres na alta liderança (em cargos de head, um acima da gerência, ou superiores);
  • Ter 40% de pessoas negras no quadro geral de funcionários do iFood;

Em outubro de 2022, o iFood tinha 45,6% de mulheres e 18% de pessoas negras em cargos de liderança (contra 28% e 14%, respectivamente, em janeiro de 2019), 31,9% de mulheres na alta liderança (em 2019 eram 11%) e 30,8% de colaboradores negros (contra 21% em 2019). “O ideal é um dia chegarmos a 50% para esses públicos, mas estamos só começando. Será uma longa trajetória, provavelmente com novas metas e que incluam mais grupos minorizados”, revela Bel.

Indicador de inclusão

A outra ação premiada foi o Índice de Segurança Psicológica, um indicador de inclusão desenvolvido pela empresa para medir quanto seus colaboradores e colaboradoras sentem segurança em pertencer, assumir riscos, inovar e ter conversas difíceis —e que são valorizados pela empresa (em especial os de grupos minorizados). 

“Assim que pensamos as metas de diversidade, a primeira pergunta foi: ‘como vamos garantir que as pessoas se sintam realmente incluídas e tenham as mesmas oportunidades de se expressar, de se desenvolver e de serem promovidas?’”, explica Bel.

Depois de pesquisar o mercado brasileiro e ver que nenhuma empresa tinha um indicador público de inclusão, o iFood estudou a metodologia da Dra. Amy Edmondson, da Universidade Harvard, e fez uma parceria com a Ideafix para criar esse indicador.

A partir daí, passou a medir o Índice de Segurança Psicológica entre seus colaboradores para entender seu grau de inclusão, inclusive de um grupo em relação aos outros. O índice das mulheres, por exemplo, é comparado ao dos homens para ver se há diferença nessa percepção; o de pessoas transgênero é comparado ao de pessoas cisgênero, o de pessoas heterossexuais, com o de homossexuais, o de pessoas negras com o de não negras e o de pessoas com deficiência com o de quem não tem deficiência, além de interseccionalidades.

Em 2022, o iFood teve nota 8,7 no índice (em uma escala de 0 a 10), com destaque para o grupo de pessoas trans, que tem nota 9,2. “É um índice saudável e consistente com as ações de segurança jurídica e de saúde que a empresa vem promovendo para esse grupo”, comenta Bel.

Agora, a meta do iFood é elevar a nota para 9 em 2023 e reduzir em 50% a diferença entre o Índice de Segurança Psicológica dos grupos minorizados e o demais. “Pessoas que são minorias em seus times tendem a ter um ISP ligeiramente menor. Isso mostra o quanto a representatividade também é essencial para a inclusão”, diz Bel.

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