iFood se integra a projeto global pelo trabalho justo

O iFood se comprometeu em aprimorar suas políticas para entregadores para atingir o padrão de melhores práticas do projeto FairWork.

O iFood se comprometeu em aprimorar suas políticas para entregadores para atingir o padrão de melhores práticas do projeto FairWork, que avalia as relações de trabalho nas empresas de plataformas digitais no mundo. O projeto é liderado pelo Oxford Internet Institute, centro de pesquisas ligado à renomada University of Oxford, do Reino Unido.

O FairWork é formado por uma rede de pesquisadores distribuída em 20 países, dos cinco continentes, que analisa as condições nas quais os trabalhadores desenvolvem suas atividades por meio de plataformas digitais.

Para elaborar critérios que permitam identificar as práticas adotadas por plataformas digitais, o projeto reuniu plataformas, trabalhadores, sindicatos, acadêmicos e formuladores de políticas públicas, em eventos promovidos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Posteriormente, oficinas realizadas na África do Sul, Índia e Alemanha fizeram a revisão da documentação elaborada na fase anterior de debates. Desse trabalho, resultaram estes cinco princípios do trabalho justo: remuneração justa, condições justas, contrato justo, gestão justa e representação justa.

A rede de pesquisa do FairWork é composta também pela Universidade de Manchester (Reino Unido), Universidade da Cidade do Cabo (África do Sul), Universidade do Cabo Ocidental (África do Sul), Instituto Internacional de Tecnologia da Informação de Bangalore (Índia), WZB Centro de Ciências Sociais de Berlim (Alemanha), Universidade Técnica de Berlim (Alemanha), Universidade Adolfo Ibáñez (Chile), Faculdade Lationamericana de Ciências Sociais Flacso (Equador) e Universidade Gadjah Mada (Indonésia). O capítulo brasileiro é coordenado pelo Digilabour, da Unisinos (RS), e conta com apoio de pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Iniciativas do iFood

Ao comentar a decisão do iFood, o CEO Fabricio Bloisi foi taxativo: “Nós decidimos contribuir com o FairWork porque a empresa e o projeto têm o mesmo foco: a dignidade do trabalhador que usa plataformas digitais para obter o seu sustento ou parte dele”. Bloisi ainda ressaltou que o iFood “tem defendido publicamente que é hora de o Brasil se dedicar ao debate sobre a regulação das relações trabalhistas na nova economia. Precisamos de regras que preservem ao profissional autonomia e flexibilidade para dispor de seu tempo da maneira que considerar mais adequada para o trabalho.

Necessitamos de normas que garantam proteção à sua vida e saúde no exercício da atividade, ganhos mínimos e acesso ao sistema de seguridade social. E as empresas precisam de segurança jurídica para seguirem a desenvolver os seus negócios”.

Conforme documentação já encaminhada pelo iFood para o FairWork, 98,76% dos entregadores que utilizam a plataforma para prestar serviço ganham mais de um salário mínimo, consideradas as horas logadas e descontados os custos do trabalhador.

Desde 2019, o iFood tem implementado políticas para assegurar aos parceiros entregadores benefícios que melhorem suas condições de trabalho. Sem nenhum custo para eles, a empresa oferece seguro de vida e contra acidentes. Além disso, dispõe de vantagens em saúde com a Avus.

Recentemente, a empresa instituiu um fundo temporário de R$8 milhões para subsidiar combustíveis gastos nos deslocamentos para realizar entregas.

Neste ano, foi montada equipe técnica exclusivamente para dialogar com os entregadores sobre práticas que aprimorem o relacionamento com esses parceiros estratégicos do ecossistema coordenado pelo iFood. O processo intenso de escuta, por meio de 50 encontros, resultou no primeiro Fórum Nacional de Entregadores, realizado de 13 a 15 de dezembro, com lideranças de todo o país, para debater processos e ações que devem ser implementados para a melhoria das condições de trabalho na plataforma.

“O propósito do iFood é alimentar o futuro do mundo. Para isso, é essencial que o relacionamento com todos os parceiros que integram o nosso ecossistema e também com os consumidores e a sociedade seja um processo de ganha-ganha. Nesse processo, de nossa parte, não faltarão empatia, respeito e dedicação ao diálogo e à escuta”, diz Bloisi.

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