Uma pergunta que eu sempre ouço é: por que o iFood está olhando para a educação se não é uma empresa de educação? Em primeiro lugar, porque a educação é a ferramenta mais potente que temos para gerar oportunidades para quem não tem essa chance no presente. Além disso, entendemos que podemos trazer um retorno maior para a sociedade: ao investir em impacto social, contribuímos para construir um mundo melhor.
No Brasil, o cenário da educação é preocupante. O Pisa, que é o programa internacional de avaliação de alunos, mostra que estamos entre os 20 piores no ranking mundial, e esses dados foram muito agravados pela pandemia.
Pensando no futuro, isso significa que faltarão profissionais qualificados para que o país seja competitivo na nova economia. E no futuro próximo: um estudo da Fundação Getulio Vargas estima que o déficit de profissionais de tecnologia seja de mais de 300 mil pessoas até 2024.
O mundo está passando por uma revolução digital, e precisamos preparar as pessoas para isso. Acho que o Brasil tem a oportunidade de estar lado a lado com outras potências mundiais, mas antes é preciso investir em educação.
Pensando nisso, o iFood assinou o Pacto Global da ONU (Organização das Nações Unidas), em 2021, reafirmando o nosso compromisso de seguir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que incluem, no topo da lista, garantir o acesso a uma educação de qualidade. E, com isso, ajudamos a cumprir outro objetivo importante: a redução das desigualdades, uma vez que a educação é uma alavanca para a transformação social e a geração de renda.
A nossa ambição, no entanto, vai muito além: queremos ser a empresa de maior impacto nessa área e levar oportunidades de educação para transformar as vidas de mais de 10 milhões de brasileiros até 2025, cinco anos antes da data-limite proposta para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Por meio do iFood Decola, nosso pilar de educação, queremos fazer do Brasil uma potência em tecnologia formando e empregando 25 mil pessoas na área de tecnologia, impactando 5 milhões de estudantes e professores da rede pública nas áreas de matemática, ciências, engenharia e tecnologia (ou STEM) e capacitando outros 5 milhões de brasileiros para o trabalho do futuro e o empreendedorismo.
Por isso, resolvemos atuar em três frentes. Tudo começa na base, dando acesso a conteúdo de qualidade e apoiando a estruturação de currículos, especialmente em tecnologia, para melhorar a educação básica pública.
Na prática, isso significa, por exemplo, apoiar a Fundação 1Bi, que faz parte do Grupo Movile e desenvolveu o AprendiZAP, uma ferramenta gratuita de aprendizagem por meio do WhatsApp que já está sendo usada por 230 mil estudantes e 30 mil professores de todo o país.
Já na frente que chamamos de Talento Tech, queremos reduzir o apagão tecnológico que ronda o Brasil capacitando 25 mil pessoas de baixa renda na área de tecnologia para que elas estejam preparadas para embarcar na nova economia. Em outubro lançaremos uma plataforma de formação e empregabilidade em tech com parceiros referência no mercado, em breve traremos mais novidades.
E, na frente Futuro do Trabalho, atuamos com o desenvolvimento das habilidades que o mercado exige hoje –e demandará ainda mais no futuro. Para isso, fechamos parcerias com organizações como PROA, SESI, Conquer e Niduu para levar o desenvolvimento das habilidades que serão essenciais na nova economia, iniciando o nosso olhar para nosso ecossistema, entregadores, restaurantes, mercados, seus funcionários e familiares.
Esses são apenas alguns exemplos dos projetos que iniciamos em 2021 ao lado de diversos parceiros, com os quais queremos aprender qual é o melhor formato para escalar esse impacto para todo o Brasil e alcançar o máximo de pessoas.
A educação nos permite transformar o que hoje são nossos pontos fracos em fortalezas e oportunidades. Por isso o iFood fala tanto em educação: essa é a nossa maneira de contribuir, desde já, para um Brasil melhor e mais igual no futuro.
