Afinal, o que é o 5G (e o que muda na nossa vida)?

Delivery por drone é só um exemplo do que essa evolução vai trazer em um futuro próximo

O 5G deve chegar em breve ao nosso dia a dia. Depois do leilão promovido pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) em novembro de 2021, o 5G deve estar funcionando em todas as capitais do Brasil e no Distrito Federal em julho de 2022 e chegará a todos os municípios com mais de 30 mil habitantes em julho de 2029.

Mas o que isso significa? O 5G nada mais é do que a quinta geração da tecnologia de rede de internet móvel. Podemos dizer que ele é o “trineto” do 1G, que surgiu nos anos 1980, quando apareceram os primeiros celulares, que funcionavam de modo analógico, limitados aos serviços de voz (nada de SMS ou de dados móveis).

As redes móveis anteriores usavam altas torres de macrocélulas para transmitir o sinal em longa distância. Já a rede do 5G combina frequências de várias bandas para maximizar a taxa de transferência de dados e, além das torres de macrocélulas, usa microcélulas em um novo espectro de banda, criando uma cobertura de ultravelocidade.

Em relação ao 4G, os maiores diferenciais do 5G serão acelerar a velocidade para baixar e enviar arquivos, reduzir a latência (ou tempo de resposta entre diferentes dispositivos) e deixar as conexões mais estáveis.

Por enquanto, calcula-se que a velocidade da internet 5G chegue à casa de 1 a 10 Gbps (gigabits por segundo). Para efeito de comparação, no primeiro semestre de 2021, a melhor velocidade média de download obtida no Brasil foi de 22.6 Mbps (megabits por segundo), aponta um relatório da consultoria OpenSignal.

Conectividade máxima

A baixa latência deixará os aparelhos mais responsivos na troca de dados e permitirá a conexão de muito mais dispositivos de uma só vez, além de viabilizar a comunicação à distância em tempo real (de verdade).

Além de deixar nossos celulares mais poderosos, o 5G vai trazer a experiência da realidade virtual e a da realidade aumentada para o nosso dia a dia. Com o 5G, celulares, veículos, eletrodomésticos, máquinas e relógios inteligentes, por exemplo, poderão finalmente se conectar com qualidade e trocar informações entre si.

Quanto mais e mais rapidamente os aparelhos puderem se comunicar, mais perto estaremos de ter fábricas, lavouras e cidades inteligentes. Será mais simples, por exemplo, usar drones para fazer entregas, ou robôs, e ver carros autônomos nas ruas (e até cirurgias remotas serão viáveis).

Isso é muito Black Mirror?

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