Como a inteligência artificial é aplicada nas empresas?

Usando inteligência artificial, as empresas podem automatizar decisões e aumentar as vendas —descubra aqui como essa solução se aplica aos negócios.

Modelos que aprendem a tomar decisões podem ser usados em qualquer negócio, explicam especialistas

Quando falamos de inteligência artificial, tem gente que visualiza aqueles robôs das obras de ficção científica, que fazem tudo o que nós fazemos. O uso dessa tecnologia, porém, nem sempre é tão complexo, e se aplica também ao dia a dia das empresas.

A inteligência artificial pode ser usada para realizar apenas uma ação específica, como redigir um texto ou recomendar um restaurante, explicam os especialistas convidados para a live “AI Como Diferencial de Negócio”, realizada pelo iFood e disponível no canal do iFood Universo.

Eles começaram explicando que inteligência artificial (ou IA) é uma área das ciências da computação que estuda como criar programas mais inteligentes. “A ideia é construir sistemas com características que nós, como seres humanos, consideramos inteligentes, como reconhecer áreas e padrões, entender a linguagem, fazer previsões ou identificar emoções”, explica Vicenzo Pegado, gerente de projetos de IA no iFood.

O primeiro passo para isso é coletar uma grande quantidade de dados. Depois, por meio do machine learning, a IA vai aprender por si mesma. Para isso, cria-se um algoritmo, que é uma espécie de receita que mostra como a IA vai aprender o que precisa, com base no banco de dados fornecido. “Isso gera um modelo, que é a visão de mundo, ou o cérebro da sua IA. Quando você fizer uma pergunta, ela te dará uma resposta baseada nessa visão de mundo”, completa Vicenzo.

Como o iFood usa IA

O app do iFood é um exemplo de como isso se aplica aos negócios, comenta Ana Coelho, líder de IA da empresa. Partindo dos dados de cada cliente, como horário em que faz o pedido e tipo de comida preferido, o modelo se antecipa para oferecer a cada pessoa o que ela mais gosta. “Eu, por exemplo, almoço às 12h30. Às 11h50 eu recebo uma notificação com um cupom que tem uma mensagem e um desconto personalizados de acordo com o meu consumo”, explica.

Ainda com base nesses dados, a IA do aplicativo mostra as categorias de restaurantes em uma ordem diferente para cada pessoa, de acordo com suas preferências. E ainda desempenha outras funções, como classificar automaticamente os pratos dos estabelecimentos cadastrados. “Se o restaurante vende macarrão e doces, ele vai aparecer tanto em Comida Italiana como em Sobremesa, mesmo que não tenha feito essa classificação”, diz Ana.

Além disso, a IA do iFood foi treinada para detectar fraudes, como restaurantes fantasma, avaliações falsas, ações que ferem a propriedade intelectual (como usar imagens de outro autor) e até a tentativa de vender itens que são proibidos na plataforma.

E é a IA que decide qual entregador será enviado para realizar o delivery. “Quando um cliente faz um pedido, a máquina toma dezenas de decisões em tempo real. A automação das decisões nos ajuda a fazer crescer o número de pedidos, a reduzir as fraudes e a encurtar as distâncias percorridas pelos entregadores”, conclui Ana.

Robôs também criam conteúdo

A IA também pode ajudar no marketing digital, conta David Mendes, fundador e CEO da startup Agenzia Marketing, que produz conteúdo para bares e restaurantes que querem divulgar seus serviços online.

Sua agência tem uma ferramenta que usa IA para criar postagens em redes sociais —sim, é o robô que escreve os textos e escolhe as hashtags e as imagens, seguindo a identidade visual e os critérios que a IA aprendeu. “Temos um modelo para criação de conteúdo”, diz David. “A inteligência artificial democratiza o marketing digital e leva essa solução para mais pessoas.”

Todo negócio, afirma Vicenzo, pode usar inteligência artificial para agilizar a tomada de decisão ou para entender melhor as preferências do público. “Pense em que decisões chave da empresa são muito lentas e poderiam ser melhores com o uso da IA”, propõe. “Ou de que modo a IA poderia ajudar a melhorar a conversão de vendas ou a felicidade do usuário.”

Depois, ele sugere ponderar se essa solução vale a pena para o negócio. “É preciso ter muitos dados para treinar um modelo que seja realmente inteligente. Além disso, existem ferramentas prontas, mas pode ser necessário ter um time de cientistas de dados ou mesmo um profissional que entenda de IA.”

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