O projeto: como a moto elétrica foi desenvolvida para os entregadores

Testado nas ruas, a moto elétrica foi adaptado para dar mais conforto e segurança aos profissionais

Uma meta do iFood Regenera é que em 2025 pelo menos metade das entregas sejam feitas usando meios de transporte não poluentes. Para chegar lá, uma estratégia importante do iFood é investir nas motos elétricas.

Em março de 2022, em São Paulo (SP), começamos a vender a moto elétrica. Até dezembro, a previsão é a de que dez mil desses veículos estejam rodando. Dessa forma, o iFood quer chegar a 2025 com metade das suas entregas feitas por veículos não poluentes.

“Nosso compromisso ambiental nos levou a buscar alternativas para a moto tradicional. Já tínhamos bicicletas elétricas, patinetes, o robô ADA e os drones. Mas, quando olhamos para a meta de redução de emissão de gases poluentes, as motos têm um peso importante, pois são nosso principal meio de entrega”, afirma Fernando Martins, head de logística do iFood.

Pouco mais de um ano se passou desde que surgiu a ideia de oferecer uma opção acessível de moto elétrica aos entregadores parceiros até que elas chegassem às ruas de São Paulo (SP) —e vamos contar aqui como esse projeto foi desenvolvido pelo iFood em parceria com a fabricante Voltz, que produzirá as novas motocicletas em Manaus (AM).

Em busca de um parceiro nacional

Ao pensar na meta de reduzir a emissão de gases poluentes, começamos a buscar um parceiro nacional para fabricar uma motocicleta elétrica para usar por quem faz delivery. “Queríamos um produto desenvolvido aqui porque queremos incentivar o uso de veículos elétricos no Brasil”, diz Fernando.

A ideia era encontrar um fabricante capaz de fornecer uma moto elétrica acessível e com uma boa autonomia. “Essas são as nossas duas principais preocupações em relação aos veículos elétricos. Desde que começamos a pesquisa de fornecedores, em 2018, vimos modelos que custavam cerca de R$ 30 mil, com autonomia de até 100 km”, explica Leilane Melo, coordenadora de inovação e futuro da logística no iFood. 

O parceiro escolhido foi a Voltz, com quem o iFood fechou um contrato em março de 2021. “Fomos surpreendidos pelo modelo da Voltz, que além de ser muito bonito entregava números bem mais parecidos com o que queríamos oferecer aos entregadores”, afirma Fernando. “Além disso, eles já tinham parceria com postos de gasolina para pontos de recarga e com agentes financeiros para oferecer crédito para a compra da moto.”

A moto elétrica é testada na prática

Se no papel estava tudo certo, era hora de colocar a moto elétrica para rodar. Depois de homologar o modelo para transportar a carga, os entregadores vão testar 30 motos vermelhas entre junho e outubro de 2021.

Os testes mostraram que alguns ajustes ainda precisavam ser feitos. “Fizemos alterações para adaptar a moto para quem passa muitas horas trabalhando”, explica Lucas Vitale, gerente de compras da Voltz dedicado a essa parceria com o iFood. Na parte traseira, por exemplo, a Voltz desenvolveu um suporte de baú que aguenta até 20 kg e fez ajustes na balança e na suspensão para facilitar a regulagem da carga. 

“Foram seis meses de testes, coletando sugestões. No final, conseguimos evoluir o modelo para entregar uma moto completa em 2022”, afirma Lucas. “Essa é uma moto robusta, automática, silenciosa e não vibra, o que traz mais conforto e segurança para os entregadores.”

Mas e a autonomia?

Feitos os ajustes, a moto desenvolvida pela Voltz chegou a uma autonomia de 100 a 180 km. “Não existe no mercado uma moto com mais autonomia do que essa”, aponta Leilane. “A média de troca da bateria é uma vez por dia.”

As baterias desse modelo são removíveis, dessa forma, vai poder recarregar em qualquer tomada. Por isso, uma opção que vamos oferecer aos entregadores é comprar a moto elétrica sem a bateria. Além disso, aderir a um plano de assinatura do iFood para poder trocar a bateria nos pontos autorizados durante o trabalho. “A troca leva um minuto”, comenta Lucas. “Será a primeira vez que vamos vender a moto sem bateria, para democratizar o acesso.”

O plano de assinatura custa R$ 129 mensais para rodar até 2.000 km, R$ 219 para até 4.000 km e R$ 319 para uso ilimitado durante um mês. Já o preço da moto, sem as baterias, é de R$ 9.999,90.

Lançamento e loja própria

Após testar e ajustar, vamos vender motocicleta elétrica aos entregadores do iFood em uma loja especial da Voltz em São Paulo (SP). Vamos criar esta loja em parceria com a empresa brasileira para ser um ponto para atender aos profissionais. 

Lá, os entregadores parceiros encontrarão mais informações sobre a moto e as condições para aquisição, poderão fazer o test-drive e, no futuro, a manutenção da moto. “Negociamos com o banco parceiro condições melhores de pagamento, com taxas reduzidas para facilitar a compra para os nossos entregadores”, acrescenta Fernando.

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