iFood capacita e emprega na área de tecnologia 24 alunos do VAMO AÍ

Democratizar o acesso ao conhecimento para pessoas de baixa renda e oferecer formação em desenvolvimento backend voltado para Ciência de Dados são alguns dos objetivos do programa VAMO Aí.

Democratizar o acesso ao conhecimento para pessoas de baixa renda e oferecer formação em desenvolvimento backend voltado para Ciência de Dados são alguns dos objetivos do programa VAMO Aí. A iniciativa do iFood, em parceria com a Resilia Educação (especializada na capacitação e recolocação de profissionais na área de tecnologia em um período de até seis meses), começou com uma turma de 35 alunos e formou 29 em julho deste ano. Do total, 27 já estão empregados, sendo 24 deles pela própria foodtech. A seguir, conheça a história de dois ex-alunos do VAMO AÍ que agora são oficialmente FoodLovers – como são chamados os colaboradores do iFood.

“Sonho em me tornar dona de uma unicórnio”

Era o fim de 2020 e as certezas da pandemia continuavam no mundo todo. Para Inajá Morais, 46, o feed do Instagram era a sua maior companhia para matar o tempo desde que tinha perdido o emprego. Entre um post e outro, visualizou o post do Vamo Aí, programa do iFood em parceria com o Resilia para formar pessoas de baixa renda, preferencialmente mulheres e pessoas pretas, em desenvolvimento backend.

Em Sorocaba, interior de São Paulo, Inajá cresceu admirando os passos do pai e da irmã e, assim como eles, partiu em busca de uma carreira no Direito. A vontade de mudar o mundo era o que batia forte no peito dela, que seguiu carreira nas áreas Cível e Empresarial. Por dez anos, sua realidade foi enfrentar a burocracia de fóruns, cartórios e pilhas de documentos, além de decisões da Justiça que, em suas próprias palavras, “beneficia quem tem posses em detrimento das pessoas mais necessitadas”.

O clique no post do Vamo Aí trazia uma nova esperança à Inajá, que nunca teve medo de mudança. Quando desistiu do Direito, mergulhou no ramo de eventos com a ajuda de uma amiga. De petit comitès a jantares para 700 pessoas, nada parecia impossível para o tamanho de sua determinação. A noção jurídica e o bom networking também foram determinantes na construção da segunda carreira de Inajá.

Mas nem tudo foram flores. Além dos revezes do mercado, Inajá conta que sempre precisou driblar o preconceito no mercado de trabalho. “Sou mulher preta, lésbica e com mais de 40 anos. É fundamental que as empresas apostem na diversidade para terem um quadro mais real da vida”, afirma.

Quando foi aprovada na seleção do VAMO AÍ, ela se viu de novo em um mundo completamente diferente. “Foi difícil me adaptar às novas formas de aprendizado, mas a ajuda dos colegas de turma, além do apoio dos facilitadores do Resilia, foram fundamentais para que eu não desistisse da empreitada.”

O curso, cujo objetivo era formar novos talentos, democratizar o acesso ao conhecimento e preparar os alunos para carreiras focadas em Inteligência Artificial, teve duração de seis meses. Passado esse período, Inajá foi contratada como analista pelo iFood e hoje integra a área de Análise de Dados.

“Encontrei meu lugar no mundo entre os dados, que podem ser úteis em todas as áreas da vida”, diz ela. Mas as reviravoltas na vida profissional não param por aí. O sonho dela é ser dona de uma unicórnio até os 50 anos.

Entrega total para os estudos

Quem também pegou gosto pela tecnologia foi Ramon Brito, de 26 anos. Ele se formou na mesma turma de Inajá. “Quero seguir carreira na área de dados. O projeto mudou minha vida”, afirma ele, que foi contratado para trabalhar na área de Analythics do iFood Benefícios.

Ele conta que ninguém de sua família havia alcançado oportunidade semelhante até então. “Sou negro e vim de escola pública. Faço engenharia eletrônica, mas acessei a universidade por meio de cotas. Pra mim, sempre foi muito difícil conseguir as coisas”, diz.

Segundo ele, o curso de Ciências de Dados do Vamo Aí foi um dos maiores desafios de sua vida, já que ele ainda não dominava a área de programação. Desempregado – e, portanto, sem renda -, sua entrega foi total para a formação, com uma rígida rotina de estudo e dedicação para entender todo o conteúdo. O curso, que tem carga horária de 500 horas, inclui aulas e mentorias técnicas e profissionais do iFood por videoconferência e participação em palestras do iFood. “É um sonho tudo que estou vivendo.”

Desde o início do curso, Ramon sabia que teria a oportunidade de ser chamado para uma entrevista no iFood. Mas preferiu não criar expectativas para não se decepcionar caso não fosse selecionado. Agora, já oficialmente um FoodLover – como são chamados os colaboradores do iFood -, ele desabafa: “É como se eu estivesse vivendo literalmente no mundo das nuvens”.

Metodologia inovadora e mentorias

Agora, os 24 estudantes contratados pelo iFood exercerão o que aprenderam no curso em diversas áreas da empresa, como marketing, delivery e inovação. “O projeto forma talentos através de uma metodologia inovadora, mentoria e programas empresariais que garantem profissionais preparados para os desafios da área de tecnologia”, afirma Renata Citron, head de Educação do iFood.

Até 2025, o objetivo da empresa é formar e capacitar 25 mil pessoas para trabalharem na área de tecnologia. Um dos critérios exigidos para a seleção dos participantes no VAMO AÍ é ter renda familiar inferior a R$ 4 mil.

Conheça também a História Real de Márcia Castagna, que também tiveram a vida transformada pelo VAMO AI.

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