Mobilidade urbana sustentável: o que é, importância e principais soluções

Leia esse texto e entenda o que é mobilidade urbana sustentável, suas soluções, importância, desafios e muito mais!

A mobilidade urbana sustentável é um desafio positivo das cidades, especialmente daquelas com maior concentração de pessoas e, consequentemente, maior circulação pelas ruas. Esse é um conceito a ser perseguido, pois acarreta em muitos benefícios tanto de ordem individual quanto coletiva.

Continue a leitura deste texto para entender o que é mobilidade urbana sustentável, suas soluções, importância, desafios e muito mais!

O que é mobilidade urbana sustentável?

Antes de explorar o conceito de mobilidade urbana sustentável é necessário entender o que significa mobilidade urbana em si. Esse termo refere-se à locomoção das pessoas nas cidades, atividade básica para exercer a cidadania.

Nesse sentido, qualquer itinerário urbano entre dois pontos ou mais vai exigir algum movimento, seja ele a pé, de ônibus, de carro, de bicicleta, de cadeira de rodas…

Sendo assim, a mobilidade urbana sustentável prioriza os meios de transporte que reduzam os impactos no meio ambiente, como a alta produção de poluentes do ar. E que, também, sejam economicamente viáveis para as pessoas, independente da sua condição social.

Dessa forma, preserva-se o planeta enquanto se torna os espaços geográficos mais acessíveis para todos.

A mobilidade urbana sustentável surge como uma alternativa ao transporte tradicional – aquele que prioriza veículos particulares, como carros e motos.

Pense bem: quantas vezes você já não viu um carro de cinco lugares com apenas um passageiro? Quais impactos isso pode trazer, tanto coletivamente quanto individualmente?

Logo, a mobilidade urbana sustentável se embasa em três pilares: o incentivo ao transporte coletivo, o desincentivo ao uso de carros e o estímulo do transporte não-motorizado – e a própria caminhada está aqui neste último grupo! Na sequência, falamos um pouco mais sobre outros exemplos de mobilidade sustentável.

Princípios da mobilidade urbana sustentável

Para que a mobilidade urbana sustentável funcione, ela deve seguir alguns princípios básicos, que devem ser seguidos pelos políticos e por toda a sociedade.

Confira alguns dos pontos principais para o conceito funcionar:

  1. Planejar o desenvolvimento urbano em conjunto com a mobilidade;
  2. Focar em com as pessoas vão se movimentar, não os veículos;
  3. Encorajar a sociedade a ser parte desse desenvolvimento;
  4. Acesso para toda a população;
  5. Conexão entre os meios de transporte.

Quais são as soluções para mobilidade urbana sustentável?

A mobilidade urbana sustentável já conta com diversas soluções que foram se revelando ao longo dos anos. Algumas delas, como a de bicicletas elétricas, estão crescendo no Brasil.

Nesse sentido, percebe-se que a logística das cidades com inovação tecnológica é uma das chaves para cuidar do meio ambiente. E, além de cuidar do planeta, as pessoas passam a ter vidas menos estressantes e mais econômicas. Só vantagens, né?

Abaixo você pode conferir algumas das principais soluções para investir na mobilidade urbana sustentável:

  • Transporte coletivo: ônibus, VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), trem, metrô
  • Transporte não motorizado: skate, bicicleta, bicicleta compartilhada, roller, elevadores públicos, caminhadas, cadeira de rodas, patinete
  • Integração modal, que é quando diferentes meios de transporte são conectados, como metrô e ônibus, por exemplo, ou uma ciclovia com VLT
  • Mudanças estruturais nas cidades: ciclovias, esteiras rolantes e elevadores públicos, teleféricos, calçadas amigáveis a pessoas cadeirantes e pessoas cegas, controle de poluição sonora para pessoas cegas, restrições ao acesso a vias públicas

Qual a importância da mobilidade urbana sustentável?

Já aconteceu de você ter que sair bem cedo para um compromisso porque, se saísse um pouco mais tarde, pegaria o horário de pico e, então, ficaria preso no trânsito? Ou, então, preferiu gastar mais dinheiro em um transporte particular porque as linhas de ônibus para seu destino não são eficazes?

Pois é, a importância da mobilidade urbana sustentável se reflete na solução destes e de outros problemas. Fato é que, com o avançar dos anos, as cidades foram ficando cheias de veículos motorizados. Isso gerou uma série de problemas: o principal é o trânsito caótico, é claro, mas existem muitos outros:

  • Alto consumo de: energia, recursos naturais, espaço público
  • Impactos negativos: mais poluição, mais problemas de saúde e acidentes, maior perda de produtividade no trabalho e nos estudos, mais engarrafamentos

A intenção da mobilidade urbana sustentável é oferecer trajetos mais econômicos, menos estressantes e menos poluentes para o planeta. Com ela, diminui-se a pegada de carbono das pessoas, contribuindo para um melhor ar para todos. Além disso, o espaço público deixa de ser apenas uma via de passagem para se tornar, também, um espaço positivo de convivência com o próximo.

Não há como negar: a mobilidade urbana sustentável é o caminho das cidades do futuro – como Paris, que vai investir 250 milhões na construção de ciclovias e estacionamentos para bikes. Portanto, realizar mudanças estruturais e culturais profundas será a forma de garantir maior qualidade de vida para os cidadãos e proteção ao meio ambiente.

Quais são os desafios da mobilidade urbana sustentável?

A mobilidade urbana sustentável contribui para a solução de diversos problemas das cidades atuais, especialmente dos grandes centros urbanos. Um dos mais visíveis é o congestionamento: afinal, há cada vez mais pessoas precisando se locomover, e rápido.

E tanta gente se locomovendo por meio de veículos motorizados aumenta, também, a emissão de poluentes, que afeta a qualidade do ar e, por consequência, a saúde humana.

Pessoas que residem em bairros periféricos sentem ainda mais os efeitos da falta de investimento em mobilidade urbana sustentável. Segundo a pesquisa Mapa da Desigualdade 2020, apenas 18% da população de São Paulo mora em um raio de até 1km de estações de transporte público de alta capacidade.

Isso lembrando que, em boa parte das vezes, tais pessoas precisam pegar dois ou mais modais de transporte para concluírem suas viagens, o que afeta o tempo, a saúde e o bolso. Sem esquecer que tais veículos muitas vezes estão superlotados, mesmo com pedidos de distanciamento social em prevenção à Covid-19.

Você deve estar se perguntando: “ora, então porque não investir em mobilidade urbana sustentável de uma vez?”. Bom, há alguns entraves nesse caminho:

  • Mudanças de infraestrutura: cidades sustentáveis pedem por profundas mudanças de planejamento urbano, como construção de ciclovias, calçadas acessíveis e investimento em mais modais de transporte, como metrô e VLT.
  • Pensamento político: para que tais mudanças avancem é preciso, também, que os governantes tenham ciência da sua importância para, então, fazer os devidos investimentos.
  • Burocracia: novos projetos pedem, também, por edições de leis, licitações e por aí vai. Ou seja, questões legais que podem desacelerar o processo de mudança.
  • Visão cultural: mesmo com todos os benefícios da mobilidade urbana sustentável há pessoas que se opõem a medidas como criação de ciclovias e criação de corredores exclusivos para ônibus.

Desafios da mobilidade urbana sustentável no Brasil

Como mostramos acima, a mobilidade urbana sustentável enfrenta desafios das mais variadas ordens. Contudo, no Brasil, alguns desses obstáculos tornam-se mais latentes. Portanto, é urgente o olhar das autoridades para essas questões – afinal, solucioná-las é sinônimo de uma vida urbana mais tranquila e ecológica para todos.

Confira abaixo:

  • Calçadas precárias: elas dificultam a locomoção de pessoas cegas e cadeirantes, causam acidentes e, também, desestimulam o simples ato de caminhar pela cidade. Calçadas de qualidade, além de serem direito dos pedestres, também podem estimular exercícios como a caminhada
  • Dificuldade de acesso ao transporte coletivo: ora, ônibus lotado, ora, destinos impossíveis de chegar por meio de transporte público. Além disso, também é frequente a falta de segurança em estações de ônibus, trens e por aí vai. Investir nessa vertente é garantir mais economia para as pessoas e menos poluentes no ar
  • Pouca malha cicloviária: dependendo do ponto da cidade em que você mora, as ciclovias podem estar bem distantes – ou seja, fica difícil optar pelo uso da bicicleta como meio de transporte. Assim, o aumento de ciclovias e, também, de bicicletas compartilhadas, pode ajudar na diminuição de trânsito nas cidades

Mobilidade urbana sustentável: o que esperar de novas tendências?

Cada vez mais vemos a criação de cidades inteligentes: ou seja, aquelas que usam da tecnologia e comunicação para propor soluções inovadoras para os ecossistemas urbanos. Assim, ao mesmo passo em que se tem o crescimento econômico, há melhora na qualidade de vida das pessoas. Legal, né?

E tais cidades inteligentes são parceiras na criação e investimento das novas tendências de mobilidade urbana sustentável. A gente traz alguns exemplos para você conhecer:

  • Transporte compartilhado: patinetes, bicicletas, scooter, carros elétricos… é cada vez mais comum ver cidades com essas opções de mobilidade. Elas evitam a geração de poluentes – além de serem uma forma mais econômica de se locomover
  • Compartilhamento de informações sobre transporte público em tempo real: com GPS instalados em veículos coletivos é possível acessar aplicativos que informam sobre sua localização
  • Automóveis elétricos: com funcionamento a partir de bateria, como a moto elétrica do iFood, não geram poluentes
  • Drones: solução super tecnológica que pode auxiliar pessoas a se transportarem com muito mais rapidez e sem gerar poluição

Leia também: O céu é o limite: drones complementam nossas entregas

Projetos de mobilidade urbana sustentável

De olho na urgência em incentivar a mobilidade urbana sustentável, o iFood lançou alguns projetos com o intuito de auxiliar nessa luta coletiva.

Uma delas é o iFood Pedal, primeiro serviço do mundo a oferecer aluguel de bicicleta exclusivo para entregadores. Em um ano de funcionamento, o projeto teve 13 mil entregadores cadastrados e um milhão de pedidos entregues com e-bikes e bikes convencionais compartilhadas. Assim, evitou a emissão de 271 toneladas de CO2 na atmosfera!

Para saber mais sobre a iniciativa, é só clicar aqui: iFood Pedal: uma alternativa não poluente para o delivery

Outro projeto que mira na redução de poluentes no ar é o iFood Regenera, que busca acabar com a poluição plástica das suas operações de delivery e, também, neutralizar a emissão de carbono até 2025. Para alcançar essas metas a empresa tem investido em veículos elétricos, desenvolvimento de embalagens sustentáveis e em cooperativas de reciclagem.

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