Plataformas digitais: entenda sua importância na nova economia

Você sabe o que é uma plataforma digital? Descubra neste artigo como elas operam e por que estão entre as empresas mais valiosas do mundo.

O avanço da tecnologia traz um novo modelo de negócio, impulsionado pela conexão entre pessoas através das plataformas digitais

Revoluções tecnológicas tendem a mudar, também, a forma como as empresas atuam no mercado. Um exemplo disso é que as inovações digitais dos últimos anos impulsionaram o surgimento de um novo modelo de negócio: as plataformas digitais

Quanto mais pessoas têm acesso à internet em computadores e smartphones, maior é a conectividade entre elas. Nesse cenário, as plataformas digitais chegam para conectar pessoas, organizações e trabalhadores em torno de um mesmo propósito ou para compartilhar um recurso em comum por meio de aplicativos, softwares e outros canais online.

O iFood, por exemplo, é uma plataforma digital que conecta consumidores e restaurantes, lanchonetes, mercados e outros estabelecimentos —e que ainda oferece trabalho aos entregadores que vão levar os pedidos até a casa das pessoas.

O que são plataformas digitais?

Plataformas digitais são infraestruturas de software e hardware, privadas ou públicas, abastecidas por dados, automatizadas e organizadas por meio de algoritmos digitais.

Além disso, são modelos de negócios baseados em tecnologia, que conectam usuários e consumidores a empresas e provedores de serviços dos mais variados nichos e setores.

Essa gama de serviços disponíveis na internet incluem e-commerce, redes sociais, aplicativos, sistema de pagamento e serviços conhecidos como economia colaborativa.

As plataformas facilitam a vida de todos, seja por meio da comunicação rápida e instantânea ou do estreitamento de relações comerciais, sociais e/ou profissionais.

Todas as plataformas são iguais?

As plataformas digitais se dividem em três categorias, apontam os autores do livro “The Business of Platforms”:

  • Plataformas de transação: são as que facilitam as transações entre pessoas e empresas que de outro modo não se conectariam tão facilmente, como o iFood, o Mercado Livre e o Airbnb. Sua principal vantagem é reduzir o custo de busca e de transação para usuários e empreendedores.
  • Plataformas de inovação: servem como base para que inovadores desenvolvam produtos e serviços complementares em tecnologia —é o caso do Linux, do iOS e do Google Android, por exemplo.
  • Plataformas híbridas: combinam as características das plataformas de transação e de inovação, como o Google, a Amazon, a Microsoft, a Apple e o Facebook.

Outra peculiaridade das plataformas digitais é que seu crescimento é determinado pelos efeitos de rede, que são o impacto que cada novo usuário de um produto ou serviço (ou participante de uma interação) causa na percepção de valor da plataforma pelos demais usuários.

Nesse universo, quanto mais pessoas usarem os produtos e serviços de uma plataforma, mais esse negócio será valioso.

Para termos uma noção da importância desse modelo na economia, sete das dez empresas mais valiosas do mundo em 2021 operam como plataformas digitais. Depois da número 1 desse ranking —a Apple—, vêm Microsoft, Amazon, Alphabet, Facebook (todas dos Estados Unidos), Tencent e Alibaba (ambas chinesas).

Impactos socioeconômicos das plataformas digitais

Essas novas empresas avançam também no mercado de trabalho. No Brasil, um estudo do Ipea estimou que, só no setor de transporte (de passageiros e mercadorias), mais de 1,4 milhão de brasileiros trabalharam para plataformas digitais em 2021.

A adesão ao iFood, por exemplo, ajudou restaurantes de todo o país a criar 10.472 empregos por mês entre 2015 e 2019, aponta uma outra pesquisa, realizada pela Fipe.

Outros dados levantados pela Fipe mostram que o iFood criou 730 mil postos de trabalho em 2020 — o equivalente a 0,72% da população ocupada no país.

Além disso, contribuiu com R$ 31,8 bilhões ao PIB nacional, o que significa uma fatia de 0,43% do total de riquezas geradas no país.

Tipos de plataformas digitais

Os tipos mais comuns de modelos de negócios das plataformas digitais são os de assinatura, de publicidade e acesso aberto.

No modelo de assinatura, envolve o fornecedor de serviços e o usuário que paga uma assinatura para ter acesso àquele serviço, como plataformas de vídeo e música online.

Enquanto isso, no modelo de publicidade, as plataformas recebem indiretamente via publicidade e comercialização das informações, ficando o usuário isento de qualquer pagamento.

E o modelo de acesso aberto consiste em conectar fornecedores de bens ou  serviços com os usuários, que podem ou não ter custos posteriores, funcionando como um mercado.

Conheça as plataformas mais usadas

As plataformas digitais mais usadas no Brasil em 2021 foram as de redes sociais, de acordo com o site Resultados Digitais. 

Em primeiro lugar, está o Whatsapp, com 165 milhões de usuários, seguido pelo Youtube, com 138 milhões de usuários.

Em terceiro e quarto lugar estão Instagram e Facebook, com 122 milhões e 116 milhões de usuários respectivamente.

Exemplos de plataformas digitais

São exemplos de plataformas digitais redes sociais, marketplaces, e-commerce, aplicativos de variados usos, como de mobilidade, de vídeos, para produtividade e de educação.

O iFood, por exemplo, é uma plataforma digital que conecta consumidores e restaurantes, lanchonetes, mercados e outros estabelecimentos —e que oferece trabalho aos entregadores que vão levar os pedidos até a casa das pessoas.

Amazon Mercado Livre, Dafiti, B2W, Shopee e Shein são outros exemplos de plataformas digitais de varejo. Além disso, há e-commerces e marketplace, Netflix, Amazon Prime, GloboPlay são plataformas digitais de streaming de vídeos.

Spotify e Resso são plataformas de música. Aplicativos de mobilidade como Uber, 99 e Waze são exemplos de plataformas digitais.

4 dicas de como vender nas plataformas digitais

Para vender nas plataformas, o negócio deve estar bem engajado e alinhado com seu produto, clientes e base de fornecedores.

Veja 4 dicas de como vender em plataformas digitais, baseadas nesse artigo do Sebrae.

  1. Pesquise em qual ou quais canais o público-alvo está mais presente, o que facilita o relacionamento e consequentemente o aumento das vendas.
  2. Invista em conteúdo de qualidade que é do interesse do público-alvo, usando um calendário editorial para fornecer um material rico e útil que vai fazer diferença na vida do cliente e dos potenciais clientes.
  3. Faça campanhas atrativas para aumentar vendas e o alcance da marca. Um exemplo de campanha atrativa é o sorteio.
  4. Crie anúncios pagos em redes sociais como Instagram, Facebook e Google.

Leia também:

O que é o capitalismo consciente na Nova Economia?

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