Nova regulação do trabalho deve aliar proteção e flexibilidade

Em entrevista à Folha, Fabricio Bloisi, presidente do iFood, defende um novo marco regulatório para trabalhadores de aplicativos

O Brasil precisa de uma nova regulação do trabalho para dar mais proteção social aos trabalhadores de aplicativo, como entregadores, motoristas e outros profissionais da gig economy, sem que eles tenham que abrir mão da flexibilidade de trabalhar por hora ou sob demanda. 

Esse é um dos principais argumentos que Fabricio Bloisi, presidente do iFood, defende em entrevista à Folha de S.Paulo, publicada no dia 3 de dezembro. “Essa dialética do tipo ‘tem direitos sociais ou não tem’ não existe na nossa cabeça”, afirma o executivo. “A gente precisa de uma lei que garanta proteção social, seguridade social, ganhos mínimos, mas que funcione num modelo mais flexível.” 

Fabricio considera que a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) foi um avanço quando foi redigida, mas que a legislação trabalhista precisa acompanhar os novos modelos de trabalho que plataformas digitais como o iFood permitem hoje. Daí a necessidade de uma nova regulação do trabalho.

“Precisamos de leis que permitam que o Brasil continue gerando oportunidades de trabalho, mas conectado com para onde a gente está indo. Quanto a colocar mais energia em direitos sociais, a gente acha isso ótimo”, disse ele na entrevista.

Na conversa, o presidente do iFood falou também sobre as tecnologias que vão moldar o nosso futuro, a concorrência no mercado brasileiro de delivery e sua visão sobre o setor de benefícios. No vídeo abaixo, você confere um resumo do que rolou.

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