O que é logística reversa (e como ela poupa o meio ambiente)

Você sabe o que é logística reversa? Entenda o conceito e descubra por que esse processo é fundamental para a reciclagem e a troca de produtos.

Descubra por que esse processo é fundamental na economia circular

O que fazer com um produto quando sua vida útil acaba? Ou como fazer a troca de um produto que compramos online e não gostamos? A resposta para essas duas questões tem a ver com a logística reversa.

A logística reversa é o processo de gerenciar o retorno de um item das mãos dos consumidores de volta para quem vendeu, produziu ou forneceu a matéria-prima. Ou seja, é o inverso da cadeia logística tradicional, que avança desde o fornecedor até o consumidor final de um produto.

É a logística reversa que viabiliza tanto a troca dos produtos como a reciclagem. A cadeia da logística reversa segue este sentido: o consumidor final envia um item de volta a uma empresa para ser processado e enviado ou para reciclagem (ou para ser remanufaturado) ou de volta à loja.

Com o aumento das compras online devido à pandemia de Covid-19, ter um processo afinado de logística reversa ganhou ainda mais importância. Se antes de 2020 a taxa de devolução de produtos dos varejistas ficava na casa dos 10%, quando as compras migrarem totalmente para o online esse número pode chegar a 30%, segundo um relatório da consultoria Deloitte.

O processo começa quando o consumidor avisa que quer devolver um produto. O item, então, é despachado para o centro de processamento, onde seu destino é decidido. Se for uma troca, ele volta para a loja; se sua vida útil tiver acabado, a empresa pode avaliar se pode ser consertado ou se as peças podem ser vendidas; assim, reduz-se a geração de lixo. O que sobra é, enfim, encaminhado para a reciclagem.

Por isso, a logística reversa é essencial para reduzir o impacto ambiental do descarte dos produtos. Afinal, seguindo a lógica da economia circular, ela permite que as empresas reciclem, reparem e reutilizem um item o máximo antes de jogá-lo no lixo. Ou que deem ao que foi descartado a destinação final correta (como acontece com as baterias, por exemplo, que não podem ser jogadas no lixo comum).

No Brasil, a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, obriga as empresas a ter um processo definido de logística reversa de resíduos, para incentivar sua reutilização e o descarte correto dos resíduos que são danosos ao meio ambiente. Um exemplo: empresas que fabricam ou vendem pilhas e baterias, pneus, defensivos agrícolas, óleos lubrificantes, lâmpadas fluorescentes e eletroeletrônicos são responsáveis por recebê-los de volta e fazer o descarte de maneira correta.

Além de reduzir o impacto ambiental, ter uma logística reversa afinada traz dois importantes ganhos para uma empresa. O primeiro é que, ao agilizar a troca de um produto comprado online, ganha-se a confiança do consumidor. O segundo é que a marca demonstra ser responsável com o descarte de produtos e embalagens, aproveitando as peças ao máximo e gerando menos lixo.

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