O aprendizado contínuo é a ideia de que aprender é algo para a vida toda, uma competência essencial na vida profissional
Na Nova Economia, o pensamento de que a fase dos estudos termina quando nos formamos na escola ou na faculdade não tem vez. Isso porque, em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, quem para de se atualizar não consegue se manter no páreo.
É por isso que se ouve falar tanto em lifelong learning, que nada mais é do que um aprendizado contínuo. Afinal, estudar ao longo de toda a vida é o que nos permite acompanhar as movimentações do mercado, cada vez mais constantes e aceleradas.
Esse conceito surgiu nos anos 1970, na Europa, mas ganhou força mesmo na década de 1990, e embalou de vez com a popularização das ferramentas digitais de ensino e com a EAD (educação a distância).
O aprendizado ao longo da vida se apoia sobre quatro pilares, definidos pela Lifelong Learning Council Queensland, criadora do conceito. Para embarcar nessa, é preciso ter disposição para aprender a conhecer (questionar para obter conhecimento), a fazer (preparar-se para novos desafios), a conviver (ter empatia e saber gerenciar conflitos) e a ser (evoluir com autonomia e responsabilidade).
Essa modalidade tem algumas diferenças em relação à educação básica. O lifelong learning se baseia em cursos específicos, atrelados à área de atuação ou aos interesses e afinidades de cada um. Além disso, ao contrário do modelo tradicional, em que os estudantes seguem uma série de etapas obrigatórias até a formação, no lifelong learning a procura é livre e determinada pelas necessidades de cada um.
De olho nessa tendência, muitas empresas criam universidades corporativas para oferecer cursos nas mais diversas áreas para os seus colaboradores, das mais técnicas às soft skills. Além disso, com o avanço da tecnologia e a imensa variedade de informações ao alcance de um clique, aprender ficou muito mais fácil.
Vale qualquer tipo de curso, dos curtos aos mais extensos (como um MBA), online ou presencial: o que importa é seguir estudando para se atualizar e, consequentemente, se manter relevante na profissão.
Os benefícios de se dedicar ao aprendizado ao longo da vida são muitos, aponta uma pesquisa realizada pela Universidade de Teerã. Segundo esse trabalho, aprender continuamente deixa a mente mais aguçada, aperfeiçoa nossas competências interpessoais e nos traz os conhecimentos e as habilidades necessárias para navegarmos bem na vida pessoal e na profissional, especialmente em uma economia baseada no conhecimento, na qual as constantes mudanças trazem demandas diferentes a todo momento.
