Usar nem mais, nem menos. Usar melhor. Esse é o principal objetivo do desenvolvimento sustentável, que sugere priorizar a qualidade na utilização de recursos naturais, a fim de salvaguardá-los para a atual e futuras gerações.
O termo busca alinhar a preservação ambiental aos interesses socioeconômicos e políticos dos países. Tal objetivo demanda esforços individuais e coletivos.
Portanto, veja a seguir o conceito, a importância e a relação de desenvolvimento sustentável com os outros termos oriundos das conferências internacionais da ONU.
O que é desenvolvimento sustentável?
A definição é o planejamento coletivo para suprir as necessidades da atual geração, sem comprometer as gerações futuras. Esta definição vem desde meados da década de 1970, nas primeiras reuniões da ONU.
O termo sustentabilidade foi definido pela primeira vez na Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente de 1987 e se consolidou na Rio 92. A partir deste, outros termos na mesma esteira como economia sustentável vieram à debate.
Assim, os conceitos não possuem exatamente o mesmo significado e vamos explicar suas peculiaridades em breve.
Dessa forma, o importante é destacar que os estudos acerca de desenvolvimento sustentável nasceram de conferências a nível global.
Por fim, para ser alcançado, novos padrões de consumo devem ser estabelecidos. Isto não significa frear o desenvolvimento econômico ou diminuí-lo, necessariamente, mas buscar aliar compromissos e responsabilidade ambiental nas ações diárias.
Desenvolvimento sustentável: qual sua importância?
A importância do desenvolvimento sustentável é garantir a melhor administração dos recursos da natureza de modo que eles não sejam esgotados. No entanto, o uso inconsequente pode levar a fenômenos climáticos irreversíveis e afetar a qualidade de vida das populações.
Reduzir os impactos ao meio ambiente pode andar lado a lado ao progresso socioeconômico. O conceito é importante porque engloba os principais interesses do bem comum, como a saúde dos ecossistemas e o desenvolvimento econômico.
A pauta ganhou destaque nos últimos anos, principalmente entre os líderes de grandes empresas, segundo estudo da Forrester, mas ela não é tão recente. Desde meados do século XX, os efeitos da ação antrópica já causavam preocupação em relação à manutenção dos modelos vigentes.
Desenvolvimento sustentável: exemplos
As ações são todas aquelas que irão promover a conscientização sobre o uso equilibrado dos recursos.
Assim, para preservar o meio ambiente e criar mais cidades sustentáveis, a sua prática depende de gestos multilaterais. Eles são provenientes da sociedade civil, das empresas e dos representantes estatais.
Para pensar o futuro no presente, ações sustentáveis podem resultar de pequenas ações cotidianas ou movimentos em grande escala.
Vamos listar, logo abaixo, alguns exemplos de práticas do desenvolvimento sustentável:
- Descarte adequado do lixo, considerando o orgânico e o não-orgânico;
- Redução do consumo de plástico, quando possível, ou a reciclagem em caso de necessidade da geração do resíduo;
- Adotar o consumo consciente, evitando desperdícios de alimentos e água;
- Redução do uso de meios de transportes movidos a combustíveis poluentes, buscando soluções alternativas;
- Utilização de energias renováveis.
Quais os pilares do desenvolvimento sustentável?
Os pilares do desenvolvimento sustentável são os mesmos definidos para sustentabilidade durante a Cúpula Mundial da ONU em 2010. São três pilares que servem como base do progresso para empresas sustentáveis nas suas ações rotineiras.
Dessa forma, o desenvolvimento sustentável se apoia nos pilares: ambiental, econômico e social. O principal objetivo deste tripé é retirar o pensamento unilateral e promover ações sempre preocupadas em atender as demandas de cada pilar, sendo elas:
- Desenvolvimento sustentável ambiental: uso racional dos recursos ambientais com foco na preservação.
- Desenvolvimento sustentável econômico: todas as ações tomadas na esfera financeira e tecnológica.
- Desenvolvimento sustentável social: pensar no bem-estar social e na redução de desigualdades, sem faltar com as responsabilidades acerca dos direitos humanos.
O que é a agenda 2030 da ONU para o desenvolvimento sustentável?
Em 2015, as Nações Unidas criaram a Agenda 2030. Essa agenda é fundamentada na Declaração Universal dos Direitos Humanos, tratados internacionais dos Direitos Humanos, a Declaração do Milênio e os resultados da Cúpula Mundial de 2005.
Ela se trata de um plano de ações conjuntas, originando as chamadas ODS, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Formou-se então uma lista de 17 itens a serem cumpridos pelos países-membros até 2030.
Entre as metas encontradas nesta lista estão o combate à fome, à desigualdade social e de gênero, o incentivo à educação de qualidade e à preservação ambiental.
Dentre os 17 objetivos, há 169 metas mensuráveis. Para simplificar, vamos listar as ODS:
- Erradicação da pobreza
- Fome zero e agricultura sustentável
- Saúde e bem-estar
- Educação de qualidade
- Igualdade de gênero
- Água potável e saneamento
- Energia limpa e acessível
- Trabalho decente e crescimento econômico
- Indústria, inovação e infraestrutura
- Redução das desigualdades
- Cidades e comunidades sustentáveis
- Consumo e produção responsáveis
- Ação contra a mudança global do clima
- Vida na água
- Vida terrestre
- Paz, justiça e instituições eficazes
- Parcerias e meios de implementação
Qual a contribuição do Brasil para o desenvolvimento sustentável?
A principal contribuição do Brasil para o desenvolvimento sustentável foi sediar duas conferências internacionais sobre sustentabilidade. Ambas consideradas das mais notáveis da história, Rio 92 e Rio+20 foram marcos entre as nações.
A Rio 92 é protagonista no nosso tema em debate e consolidou o conceito de desenvolvimento sustentável. Ela inclusive trouxe uma nova definição, como “a promoção simultânea e equilibrada da proteção ambiental, da inclusão social e do desenvolvimento econômico”.
Nessa conferência, o país teve importante papel, aprovando documentos como a Agenda 21, a Declaração do Rio sobre o Ambiente e a Declaração de Princípios sobre Florestas. Na Rio+20, o objetivo foi o de renovar compromissos políticos com o desenvolvimento sustentável.
Os três pilares, que citamos anteriormente, foram consolidados na Rio+20. Após isso, o Brasil também participou da Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável de 2015. Nessa cúpula, as negociações culminaram na origem das ODS.
Qual a relação do desenvolvimento sustentável com a sustentabilidade?
Conforme as definições trazidas até aqui, desenvolvimento sustentável e sustentabilidade andam lado a lado. Os estudos de ambos os conceitos vêm sendo conduzidos desde a década de 1970 e estão sendo reafirmados em cúpulas globais.
A UNESCO criou uma diferenciação para os termos. De acordo com a organização: “enquanto a sustentabilidade é como um objetivo de longo prazo, ele se refere aos processos e caminhos para alcançá-la”.
Isto é, ao passo que a sustentabilidade abrange questões relacionadas à preservação de ecossistemas, desenvolvimento sustentável foca no planejamento participativo. Este, propõe uma nova ordem econômica, cujo desenvolvimento social esteja pensando, também, nas gerações futuras.
Qual o papel da sociedade no desenvolvimento sustentável?
O desenvolvimento sustentável é uma meta coletiva. Cumprir as agendas da ONU e levar um “estilo de vida sustentável” depende de todos, seguindo normas e políticas de ação.
Cada indivíduo é responsável por avaliar como está agindo no cotidiano e verificar o que pode mudar, a fim de contribuir em direção a uma vida mais harmônica com o meio ambiente. Ainda assim, as políticas públicas são quem delimitam os principais planos para a garantia desse modelo de desenvolvimento.
No entanto, não se pode esquecer o papel das empresas. Elas são protagonistas quando o assunto é desenvolvimento da sociedade. A responsabilidade das empresas é de que estabeleçam, em todas as etapas da cadeia produtiva, normas e ações que reduzam impactos ambientais.
Qual o papel das empresas para o desenvolvimento sustentável?
Segundo estudo da consultoria Forrester em parceria com a Johnson Controls, pelo menos 70% das organizações têm o desenvolvimento sustentável como sua principal pauta atualmente. Os investimentos são vistos na área como uma vantagem competitiva no mercado.
As ações refletem na reputação da marca, na facilidade de aquisição de talentos e na fidelização de clientes. Para isso, o papel das empresas é firmar compromissos, com planos e ações, com a pauta ESG.
O iFood reforça a sua visão constantemente e anunciou, em março deste ano, que vai redirecionar recursos para cumprir metas ambientais até 2025.
A Foodtech irá destinar valores somados de R$15 milhões para uma rodada de investimentos direcionados a ESG.
Além disso, o iFood realizou um balanço de seus compromissos com o desenvolvimento sustentável. A conclusão foi que mais de 35 milhões de entregas foram realizadas por modais não poluentes.
