Retrospectiva: as ações do iFood em educação e tecnologia em 2022

Saiba quais foram os destaques e os resultados das ações que vão desde a educação básica até a empregabilidade em tech

O iFood assumiu, em 2021, três compromissos públicos em educação para incentivar a formação básica, formar e empregar pessoas de públicos sub-representados e de baixa renda na área de tecnologia e capacitar brasileiros para o trabalho do futuro e para o empreendedorismo.

Em 2022, esses projetos entraram em uma segunda fase de amadurecimento e novos passos foram dados, como a parceria com a XP e outras empresas para lançar o Movimento Tech com o compromisso de arrecadar R$ 100 milhões até 2025 em projetos que acelerem a capacitação e a empregabilidade na área de tecnologia.

Em novembro, na ocasião do Dia de Doar, o iFood declarou que a sua causa é a educação. “Temos diversas frentes extremamente relevantes na área de impacto social e ambiental, e enxergamos que a educação é o que entregamos para a sociedade para além da nossa pegada, ou do que é esperado de nós como empresa”, comenta Luanna Luna, head de educação do iFood.

Em entrevista ao iFood News, ela fala sobre as ações de destaque do iFood em educação em 2022 e comenta como a empresa vai avançar nesse campo em 2023; leia a seguir.

iFN – No início de 2022, quais eram os objetivos do iFood em educação?

Luanna – O primeiro era conhecer o mercado de formação em tech e entender os melhores caminhos para formar mais pessoas com perfil aderente ao que o mercado precisa e em maior escala. 

Tínhamos também um desafio importante: encontrar o melhor modelo de programa para apoiar entregadores que desejam concluir o ensino básico e dar início a uma jornada de capacitação contínua que passa pela formação básica, pela relação com iFood e para além do iFood. Aprendemos bastante e hoje temos um programa no qual conseguimos atender 100% dos entregadores interessados em concluir o ensino médio.

Quanto às capacitações relacionadas ao ecossistema do iFood, aprendemos muito também. Hoje entendemos qual é o melhor formato e conteúdo para suportar nossos parceiros na jornada junto ao iFood.

iFN – Quais foram os destaques das ações do iFood em educação em 2022?

Luanna – Em 2022, lançamos a segunda versão da plataforma do Potência Tech, que apoia a formação de pessoas de baixa renda e de grupos sub-representados na área de tecnologia com cursos e bolsas de estudo. O Potência Tech recebeu dois prêmios no ano, o CNN Notáveis e o Prêmio Aberje.

No programa, recebemos mais de R$ 5 milhões em serviços e recursos de outras empresas e chegamos à casa de 39 mil pessoas inscritas na plataforma, mais de 17 mil bolsas de estudo em tecnologia disponibilizadas e mais de 1.000 pessoas empregadas na área em um ano de plataforma.

Acreditando que não transformaremos o Brasil em uma potência tecnológica sozinhos, fundamos o Movimento Tech junto a outras organizações. Hoje somos 30 empresas, arrecadamos mais de R$ 8 milhões e temos planos ambiciosos para 2023.

O caminho para tornar o Brasil uma potência tecnológica não se faz olhando somente para a capacitação em tecnologia. Precisamos olhar para o ensino básico também. Por isso, outro projeto que se destacou foi a Maratona Tech, coinvestido dentro do Movimento Tech. 

No Movimento, lançamos a primeira Olimpíada de Tecnologia voltada para alunos do nono ano e ensino médio. Foram mais de 80 mil pessoas impactadas e 222 premiadas na fase final. Nosso objetivo é dar ferramentas para que os alunos possam desenvolver as competências necessárias para as profissões do futuro, especialmente em tecnologia. E, mais do que isso, fazer com que eles conheçam as possibilidades de carreiras e se reconheçam nelas.

Também amadurecemos o iFood Decola, a nossa plataforma de capacitação para restaurantes, entregadores e mercados. Já são mais de 270 mil pessoas impactadas por capacitações sobre o delivery e outros temas importantes para o desenvolvimento pessoal e profissional dos nossos parceiros.

Concluímos também a primeira versão do Meu Diploma do Ensino Médio, projeto destinado a entregadores que ainda não concluíram o ensino básico. Levamos bolsas de estudo para que os entregadores que desejassem obter o diploma tivessem o suporte para criação de plano de estudo, materiais e aulas para inscrição na prova do Encceja. Foram mais de 5 mil inscritos na prova que aconteceu em agosto.

iFN – Que tipos de formação o iFood ofereceu aos entregadores? Os programas terão novidades em 2023?

Luanna – Quando olhamos para os entregadores, enxergamos uma jornada. Eles entram no iFood para gerar renda rapidamente. Então damos suporte para isso no iFood Decola, que explica como fazer uma boa entrega, quais são as boas práticas.

Depois, a ideia é que eles possam completar sua educação básica no Meu Diploma do Ensino Médio, com bolsa para o curso preparatório para a prova. Passando isso, oferecemos cursos rápidos e formações no Decola, como educação financeira e empreendedorismo.

Na ponta final, trazemos oportunidades de formação em tecnologia no Potência Tech e descontos em algumas universidades.

Para nós, o ensino não se resume a essas oportunidades de educação para os entregadores, inclui também a cultura. Neste ano, levamos 117 entregadores, com acompanhante, ao teatro e outros cem para a Bienal de Salvador.

Para 2023, as grandes apostas são estruturar a oferta cultural e transformar o Meu Diploma de Ensino Médio em um programa institucionalizado, para que 100% dos entregadores que queiram concluir essa etapa possam fazer isso. Buscamos dar mais robustez a essa jornada trazendo suporte e conhecimento a eles.

iFN – Como foi a evolução do Potência Tech em 2022 e como deve evoluir em 2023?

Luanna – Em 2022 conseguimos criar uma segunda versão da plataforma do Potência Tech com melhor usabilidade e atraímos o público interessado. Hoje temos 39 mil pessoas inscritas nessa plataforma, sendo que mais de 90% são pessoas de baixa renda ou de perfil sub-representado na área de tecnologia. 

Também testamos muitos parceiros, mais de 18 escolas formadoras. E entendemos com quais deles conseguimos as melhores taxas de conclusão de curso e de empregabilidade. Assim, aprendemos o que funciona melhor e o que precisamos oferecer para formar mais gente

Como outro grande desafio é a empregabilidade, criamos um banco de talentos para conectar as pessoas que estão se formando no Potência Tech às empresas. Além disso, fomentamos hackatons para gerar experiência e estamos começando um programa que é como um estágio para quem está se formando. 

Em 2023, o Potência Tech vai ganhar ainda mais escala. Vamos ampliar a oferta de formação com as escolas que deram mais certo. Vamos contratar um volume maior de bolsas e seguir na descoberta da empregabilidade para que o Potência Tech se consolide como a plataforma de talentos em tecnologia que mais gera impacto no Brasil.

iFN – Um momento importante do ano foi o lançamento da parceria com a XP Inc. e outras 30 empresas no Movimento Tech. Como foi esse início e o que está previsto para 2023?

Luanna – O Movimento Tech surge da união de organizações e pessoas que acreditam que precisamos investir na pauta tech para o Brasil avançar. Para que isso aconteça, precisamos olhar desde a educação básica, passando pela formação e empregabilidade em tecnologia.

Acreditamos que, quando nos unimos, otimizamos o investimento social privado, trazemos a inteligência coletiva das empresas e, assim, chegamos a maiores e melhores resultados. Hoje somos 30 empresas, o que é muito relevante porque mostra que existe apetite e a proposta faz sentido. 

Em 2022 houve o momento de validação da tese. Para 2023, nosso objetivo é fortalecer nossa base e governança para chegar a pelo menos 100 empresas. Assim podemos ampliar a arrecadação e fomentar mais projetos e gerar mais impacto.

iFN – De um modo geral, como o iFood vai avançar na área de educação em 2023?

Luanna – Vamos ganhar escala nas coisas que já deram certo e seguir buscando soluções para questões que ainda não destravamos, como a empregabilidade em tecnologia. Vamos fazer alianças com mais empresas e buscar parcerias também com os governos.

Queremos ampliar nossos investimentos na base da educação. Hoje, vemos o setor privado entrar nessas questões para inovar, testar e implantar essas soluções com os governos para ser mais um agente de transformação do país e para ganhar escala.

E vamos também avançar na consolidação dessa jornada educacional dos entregadores de ponta a ponta. Como uma empresa de tecnologia, vamos continuar investindo em educação e tecnologia, do nível básico até a empregabilidade.

Com certeza ainda temos muitos desafios pela frente, mas finalizamos o ano felizes com os resultados que conseguimos em tão pouco tempo.

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