No dia 22 de outubro de 2021, o iFood lançou o Potencia Tech, uma plataforma de capacitação para apoiar a formação de profissionais na área de tecnologia com cursos e bolsas de estudo na área.
Além disso, há vagas de emprego — uma iniciativa focada nos grupos sub-representados. São homens transexuais, mulheres (cis ou trans), e pessoas negras, indígenas, LGBTQIAP+ ou com deficiência.
O Potencia Tech compreende parceria com 16 escolas que, junto com o iFood, oferecem formação em programação orientada para as especialidades mais demandadas no mercado.
Essas áreas são back-end (códigos que permitem que a parte visual de um aplicativo ou sistema funcione corretamente). Além disso há o front-end (desenvolvimento da interface gráfica) e full-stack (profissional que trabalha no back-end e no front-end).
Por fim, engloba também a ciência de dados (tratamento e análise de dados).
A iniciativa está ligada ao compromisso de educação do iFood de formar 25 mil pessoas de públicos sub-representados na área de tecnologia. Dessa forma, contribuir para reduzir o risco de apagão tecnológico no Brasil.
“O Potencia Tech nasce quando percebemos dois grandes desafios: muito desemprego no país e um monte de oportunidades no mercado de tecnologia”, explica Roberta Piozzi, coordenadora de Educação Tech do iFood.
Um ano depois, mais de 32 mil pessoas se inscreveram no Potencia Tech, das quais 96% oriundas de grupos sub-representados e 80% com perfil de baixa renda.
Assim, cerca de 12 mil bolsas de estudo foram concedidas e, atualmente, o programa contabiliza quase 1000 alunos formados e muitas turmas ainda em andamento.
Além disso, hackathons, banco de talentos e outras ações pensadas para gerar empregos já somam mais de 900 pessoas empregadas —dessas, 67 foram trabalhar no iFood, e 17 delas, antes, eram entregadores ou entregadoras.
“Quando fizemos a contratação de 40 pessoas simultaneamente, eu realmente percebi o quanto estamos impactando, fazendo a diferença. Assim, temos relatos de que um emprego aumentou em 300% a renda familiar de uma família”, conta Roberta. “Foi um ano de muita descoberta. Aprendemos muito sobre o formar, que tem a ver com o nosso compromisso, mas agora temos pela frente um grande desafio, que é o empregar.”
Para o segundo ano do Potência Tech, o iFood quer alavancar a rede de empregabilidade. “Hoje já temos um banco de talentos, ainda em formato piloto, e sem custo aos candidatos e empresas contratantes. Para contratar talentos basta o empregador ir no site do Potência Tech e se inscrever na aba “contrate talentos”, revela Roberta.
Um pouco de história
Primeiramente, o iFood teve um grande desafio: informar a um público diferente (pessoas maiores de 18 anos e de baixa renda) que estava promovendo essa iniciativa na área de educação.
Para isso, inovou na comunicação, promovendo batalhas de rimas nas redes sociais e convocando o rapper Rashid a compor uma música especialmente para o Potência Tech (assista ao vídeo aqui).
“Para muitos de nós, o que falta é uma oportunidade para o estudo, para o trabalho, para o desenvolvimento. Portanto, essa é a importância de um projeto como o Potência Tech”, disse ele ao iFood News na época do lançamento.
Ao longo desse primeiro ano, o Potência Tech ampliou as parcerias para oferecer ainda mais bolsas e cursos gratuitos. Com o ecossistema Digital Innovation One (DIO), por exemplo, disponibilizou 5.000 vagas para o curso Java Beginners; com a Oracle, abriu mais de 4.000 vagas em cursos gratuitos de tecnologia e empreendedorismo do programa ONE (Oracle Next Education) —além de 500 bolsas integrais para os cursos de programação da plataforma Rocketseat.
E teve até curso só para mulheres —120 vagas para alunas (cis e trans) na escola Reprograma— e aulas de inglês, com a oferta de 50 bolsas integrais para os cursos da escola EF Education First.
Além disso, a plataforma foi aprimorada para que mais pessoas pudessem se beneficiar dos cursos e das vagas de emprego. Para isso, o Potência Tech passou a reunir mais conteúdo para que as pessoas entendessem o que fazem os profissionais de tecnologia e pudessem encontrar vagas.
Em 2022, o Potência Tech passou a fazer parte do Movimento Tech, uma coalizão de mais de 20 empresas para investir R$ 100 milhões em educação até 2025 e despertar o interesse dos jovens para fazer carreira em tecnologia, formando e empregando novos profissionais.
Educação para entregadores
Em setembro, começaram as aulas da primeira turma do Potência Tech formada apenas por entregadores e entregadoras, com um curso de programação back-end planejado para eles e adequado aos seus horários de trabalho.
A turma tem 80 alunos, que devem se formar em fevereiro de 2023 na Cubos Academy, a maior edtech do Nordeste.
Mas, antes disso, alguns profissionais cadastrados na plataforma já haviam feito cursos de tecnologia, como o Daniel Silveira, que era entregador e virou engenheiro de software do iFood depois de fazer um curso de formação full stack no Potência Tech.
Ao terminar a formação, ele se inscreveu no programa de aceleração de talentos do iFood —o iLab—, foi selecionado e, no final, contratado. “É a realização de um sonho, né?”, ele conta, neste vídeo da série Abrindo a Bag. “Tem um ditado que diz que o universo só abre as portas para quem sabe o que quer.”
Reconhecimentos
Neste primeiro ano, o Potência Tech recebeu alguns reconhecimentos externos. Em março de 2022, o projeto venceu a premiação CNN Notáveis na categoria Tecnologia.
Além disso, outra ação premiada foi o projeto de comunicação do lançamento da plataforma, que em outubro de 2022 recebeu o Prêmio Aberje, da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, que elege as melhores ações de comunicação das empresas.
“Conseguimos gerar conexão com diferentes públicos, para diferentes objetivos. Só assim conseguimos realmente atingir as metas de impacto que temos”, afirmou Amanda Borsonello, coordenadora sênior de comunicação do iFood, ao iFood News.
Potência Tech em números
Resultados do primeiro ano da plataforma
+32 mil
pessoas se inscreveram na plataforma
12 mil
Bolsas foram oferecidas para os cursos de programação
900
Pessoas foram empregadas —67 delas no iFood
100% online
Os cursos estão disponíveis para pessoas do Brasil todo
18 anos
É a idade mínima para se inscrever na plataforma
