Meio ambiente: como o iFood acelerou nas entregas limpas em 2022

André Borges, head de sustentabilidade do iFood, fala sobre as prioridades do ano, como a redução do uso de plástico e a adoção da moto elétrica

Em 2022, um em cada cinco pedidos foram entregues pelo iFood em um modal não poluente (como bicicleta, bicicleta elétrica e moto elétrica), reduzindo seu impacto no meio ambiente. E mais de 300 milhões de refeições foram enviadas sem itens plásticos de uso único, como talheres e canudos.

Isso porque a entrega limpa, com menos itens plásticos e mais veículos não poluentes, foi a prioridade da empresa na área de meio ambiente. André Borges, head de sustentabilidade do iFood, revela ao iFood News quais foram os avanços nesse campo em 2022 e qual é a prioridade para 2023; leia a seguir.

iFN – Na área de meio ambiente, quais foram as ações do iFood que mais se destacaram em 2022?

André – No começo do ano, os dois grandes objetivos do iFood eram ter soluções em embalagens sustentáveis para reduzir o uso do plástico e escalar o uso de modais limpos, como a moto elétrica.

Olhando para trás e vendo o que deu mais certo, o grande destaque foi a evolução do iFood Pedal. Além de trazer ganhos de sustentabilidade e mostrar nossa marca nas ruas, o programa de aluguel de bicicletas (convencionais e elétricas) compartilhadas faz muito sentido para a operação do iFood.

O segundo destaque foi a moto elétrica. Apesar de ainda não ter ganhado a escala que queremos, conseguimos incentivar os entregadores a migrar para esse modal não poluente, assim como para as bicicletas. Essa agenda andou muito bem em 2022.

Além disso, avançamos muito em embalagens sustentáveis e conseguimos criar diversas soluções que nos permitem ter mais volume na rua em 2023. E teve também as ações de regeneração das florestas, nas quais plantamos 50 mil mudas no interior de São Paulo.

iFN – Quais foram as soluções do iFood para reduzir o uso de plástico no delivery?

André – Primeiro a gente conheceu melhor a nossa operação. Fizemos um estudo  de mensuração de resíduos, inédito no mundo, para entender qual é a nossa pegada de plástico.

Hoje sabemos quais são as categorias que mais usam plástico, que são as entregas de lanches, de comida japonesa e de comida brasileira, ou a marmita. Então estamos muito focados em resolver a questão nessas três categorias.

Depois desenvolvemos soluções para lanches, como caixinhas de papel, em parceria com a Klabin. No Rock in Rio, desenvolvemos uma embalagem com a Suzano para as marmitas

Nesses dois casos, a tecnologia e o design já foram aprovados. Agora estamos com soluções prontas para ganhar escala, mas temos uma premissa clara de que as embalagens sustentáveis sejam acessíveis para os restaurantes parceiros. E é isso que estamos negociando com os fornecedores nesse momento.

E, com a GrowPack, temos o desenvolvimento de uma embalagem a partir da palha de milho. Estamos testando 30 mil embalagens com restaurantes na região de Campinas para coletar feedback de restaurantes e de clientes. Eles estão adorando. Quando terminarmos essa fase, vamos começar a vender pelo iFood Shop.

iFN – Nos modais não poluentes, quais foram os avanços com as bicicletas?

André – Tivemos um grande case no Rio de Janeiro, que foi a primeira cidade a atingir a meta do iFood de fazer 50% das entregas usando modais não poluentes até 2025.

Isso foi muito significativo porque o Rio é a segunda capital com maior número de pedidos no Brasil. E porque conseguimos chegar a quase 60% de uso de modais limpos nas dark stores.

A expansão do iFood Pedal também foi importante. No começo de 2022 ele só estava em São Paulo e no Rio de Janeiro, e agora estamos em mais quatro cidades: Recife, Salvador, Distrito Federal e Porto Alegre. É um programa que está dando muito certo.

E o melhor de tudo é que conseguimos provar em 2022 o benefício da bicicleta para o negócio também. Por isso, em 2023, queremos expandir ainda mais a frota e levar o iFood Pedal para mais cidades. Em março, queremos chegar a 22% das entregas sendo feitas por modais limpos.

iFN – Outra ação importante nesse sentido foi o lançamento da moto elétrica. Como isso evoluiu em 2022?

André – No caso da moto elétrica, nós conseguimos desenvolver um veículo que realmente atende às necessidades e com um modelo de operação que faz sentido para os entregadores. 

Mas, infelizmente, não conseguimos escalar como planejado. O que queremos fazer agora é aumentar consideravelmente o número de motos elétricas em operação.

iFN – Em 2022, o iFood também investiu em reciclagem. Qual é a importância dessas ações?

André – Para nós, a reciclagem é muito importante para entregar nosso compromisso de zerar a poluição plástica até 2025, então estamos criando soluções nesse campo. Em 2021, o iFood investiu muito em PEVs, os Pontos de Entregas Voluntárias, mas percebemos que seu volume, para reciclagem, era baixo. 

O iFood quer ter grandes apostas grandes nesse campo para conseguir fazer a diferença nos índices de reciclagem do Brasil. Seguimos com os PEVs, mas fizemos uma ação mais ambiciosa, que foi nos unir à prefeitura de Fortaleza para mudar o cenário de reciclagem da cidade nos próximos anos. 

A prefeitura quer triplicar o volume reciclado até 2026, chegar a 12%, 15% do lixo gerado. Para isso, financiamos triciclos elétricos para melhorar a malha logística para coletar e reciclar. Queremos que Fortaleza seja um case de sucesso replicável para outras grandes cidades brasileiras.

iFN – Quais são os focos estratégicos da área de meio ambiente do iFood para 2023?

André – O nosso foco, na verdade, está em 2025, e não vai mudar: continuaremos priorizando as soluções para promover o uso de embalagens sustentáveis e de modais limpos. É claro que vamos continuar tocando projetos importantes, como o de reciclagem em Fortaleza. 

Outro ponto importante é que o iFood, que já é uma empresa carbono neutro, vai começar a investir em projetos de geração de créditos de carbono em 2023. Em vez de comprarmos crédito de carbono no mercado, vamos investir em projetos que tenham contratos de longo prazo. 

Essa será uma mudança gradual em dois ou três anos para que sejamos autossuficientes em créditos de carbono, ou seja, o gás carbônico que emitiremos nas ruas, nas entregas, já será compensado pelos projetos que investimos.

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